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segunda-feira, 23 de maio de 2011

Rio Surf Pro 2011 - Julgamento

Pois é...
Como todos no mundo inteiro não param de chorar, resolvi sair da tumba e dar a minha opinião a respeito do julgamento do rio Surf Pro.
Como não ando com muita paciência, não vou ficar falando de muitas baterias e ondas com notas duvidosas, que foram sufadas durante todo período de espera.
Vou direto ao assunto:

Adriano de Souza X Owen Wright.

Minha opinião, tem como fonte de inspiração Mr. Bobby Martinez e sua twittada de ontem...O gringo disse mais ou menos o seguinte: "Não estava na praia para ver a bateria, mas o floater do Adriano deve ter sido realmente muito bom para valer a nota".
Sabe o que eu acho Mr Martinez?

Acho que foi. Foi bom até demais!!

O floater do Adriano, foi do tamanho do empurrão que Mark Occilupo recebeu aqui mesmo na Barra, há alguns anos atrás, e que fez o ídolo australiano chegar mais próximo do título mundial. Porém, o que ninguém lembra, é que o mesmo afastou a possibilidade de Victor Ribas de continuar na briga pelo título. Foi do mesmo tamanho, que os empurrões que Taj Burrow está cansado de receber campeonato sim, campeonato não. Mas com certeza não foi maior que as inúmeras ajudas que nosso caro Mr Rasgada sem Graça de backside, Damien Hobgood recebe SEMPRE. Este, ao contrário de De Souza, já devia estar em casa há uns dois anos pelo menos.
Erros de julgamento acontecem. Conceitos e parâmetros são ditados bateria a bateria.
ONDA DA SÉRIE, verde, alta velocidade e risco - tudo ou nada.

O que mais falta pra nos engolirem??

Pro Owen, fica minha tristeza e meus pêsames...

Acho que todos os sofredores de cotovelite aguda, deveriam assistir os replays do último campeonato de Trestles, no qual o queridinho local Patrick Gudasukas foi EMPURRADO por várias baterias... Afinal, o que dizer de uma bateria final 100% brasileira? O Owen que devia ver os aéreos de Miguel Pupo, alías dois na mesma onda, na bateria final. E que quase tiveram o mesmo valor que três batidas de backside do tipo...Completa sem cair.

É difícil engolir? Não é?
Difícil aceitar mudanças, certo? Mas quem não as aceita, para no tempo...Vira passado.
O que importa, não é se tem "claiming" ou não...
Importa o surf!

Ah!! Também não temos estilo? Não nascemos próximos a ondas de linha e tal??
Pois é. Hoje, pelo menos agora, engulam. E não precisa ser a seco.
Pode ser com a água das rasgadas mais fortes, dos aéreos mais altos, do surf mais radical e comprometido do circuito.
Sem medo de cair.
Ohem pra cima... O Brasil está lá.

Obrigado a todos pela leitura.

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Billabong Pro JBay 2010 - Na água

Já está na água o Billabong Pro, em Jeffreys Bay, África do Sul, quarta etapa do circuito mundial.
As ondas estão muito boas, dois metros na série, show de surf.
Todos os brasileiros perderam suas baterias.
Vocês podem acompanhar ao vivo as baterias restantes da primeira fase ou assistir à tudo o que aconteceu no Waves on Demand.
Marco Polo mostrou qualidades mas foi prejudicado pelo julgamento em sua melhor onda.
Ficou faltando uma segunda onda boa para vencer o Dane Reynolds.
Jadson também não deu sorte na escolha de ondas, mas mostrou que tem condições para passar sua bateria na 2a fase.
A dificuldade é que, por estar tão bem colocado no ranking, e com todos os tops passando suas baterias, pode ser que ele enfrente algum dos convidados do evento, Shaun Joubert, Sean Homes ou Dales Staples.
Os três surfaram muito bem hoje.
Surpresa até agora, só a vitória do Nate Yeomans sobre o Bede Durbridge (já que acertei em cheio a aposta na vitória do Adam Melling na primeira bateria do dia).
Divirtam-se com a volta do circuito.
Amanhã tem mais.

terça-feira, 13 de julho de 2010

Billabong Pro JBay 2010 - Parko fora. O que vai acontecer?

Caros leitores,

Acabou a Copa do Mundo, Espanha campeã, agora é voltar com força total.
Estive afastado do blog nas últimas semanas mas sou grato ao Petrus, que segurou muito bem a onda, com as postagens e vídeos fantásticos que vocês podem encontrar abaixo.
Estou me mudando para a Austrália, com mulher e filho, então vocês podem imaginar a correria.
Em breve os meus posts virão diretamente do mundo magico de Oz.
Mas vamos ao que interessa.
Jeffreys Bay.
Viva!
Essa parada no circuito foi dureza.
Só que a calmaria vai passar logo logo, dia 15 a brincadeira começa pra valer, e agora não tem choro nem vela.
Mais dois eventos e um terço dos surfistas do WT será rebaixado, estará fora do circuito principal.
Para os brasileiros não há muito mistério.
Jadson e Mineirinho já estão dentro e Marco Polo e Neco Padaratz já estão fora.
Se acontecer alguma coisa diferente disso será, sem dúvida, a maior zebra de toda a história do surf competição.
O Neco, que tem mais chances, eu até acho que merece.
Na minha opinião, o veterano foi injustiçado em pelo menos duas baterias neste ano.
Pra conseguir a vaga ele vai ter que fazer milagre e surpreender os juízes (e toda a comunidade surfística internacional), que definitivamente não estão gostando do surf do brasileiro.
Já o Marco Polo, que já virou motivo de piada, como já mostramos aqui, terá mais uma chance para, pelo menos, vencer uma bateria.
Estarei torcendo por ele.
Com a saída do Parko (veja a reportagem sobre o acidente do australiano no vídeo abaixo) os confrontos da primeira fase mudaram.
Coloco minha reputação na reta e ofereço meus prognósticos e apostas para as principais baterias:

Heat 1: Taylor Knox (USA), Luke Munro (AUS), Adam Melling (AUS)

Bateria totalmente aberta. O favorito, evidentemente, é o Taylo Knox, mas todos tem um surf bem parecido e eu não ficarei surpreso se um dos australianos passar.
Campeonato na África, aposto na zebra, com vitória do Adam Melling.

Heat 2: Jadson Andre (BRA), Andy Irons (HAW), Jay Thompson (AUS)

Esta é torcida pura e reza brava.
Só assim pra dar Jadson André.
Vencer o Andy Irons numa bateria em Jeffreys é coisa pra entrar no currículo, independente da forma física, mental ou surfística por que passa o havaiano.
Pra piorar, Jay Thompson tem um estilo que se encaixa bem nas famosas direitas africanas e até agora não venceu nada, ou seja, vem com fome e precisando do resultado.
Parada duríssima.


Heat 3: Bede Durbidge (AUS), Luke Stedman (AUS), Nate Yeomans (USA)

Pra mim, Bede Durbridge é favorito em qualquer bateria que entre.
Contra Dane Reynolds, contra Kelly, contra quem for.
Dificilmente erra, dá pancada, rasgada, tem estilo, surfa qualquer tamanho, o cara é um animal.


Heat 4: Dane Reynolds (USA), Daniel Ross (AUS), Marco Polo (BRA)

Olha que bateria boa pro Marco Polo vencer.
Despachar o Dane Reynolds em Jeffreys seria o auge da carreira do jovem catarinense.
Torcer não custa nada.
Mas, mesmo que o californiano, queridinho da mídia se afunde na bateria, ainda tem o Daniel Ross que é outro que tem um surf perfeito para longas direitas com fundo de pedra. Se estiver grande então...
Pensando bem, talvez seja melhor nem gastar muita torcida e direcionar o foco pra bateria do Jadson que pelo menos tem alguma chance.

Heat 5: Bobby Martinez (USA), Jeremy Flores (FRA), Blake Thornton (AUS)

Barbada: Bobby Martinez.

Heat 6: Adriano de Souza (BRA), Tiago Pires (PRT), Tim Reyes (USA)

Essa é outra bateria totalmente aberta. Todo mundo aí surfa igual.
O Mineiro deve apostar na radicalidade, tentar aplicar manobras mais modernas, porque se for depender só de rasgadas a coisa fica mais pro português (que tem mais garra) e pro Tim Reyes (que não tem nada a perder).


Heat 7: Jordy Smith (ZAF), Tom Whitaker (USA), Joan Duru (FRA)

Meio óbvio também. Jordy vindo de vitória, surfando em casa, vice-líder do ranking do WT e líder do ranking unificado, só perde se ficar nervoso e fizer muita besteira.

Heat 8: Kelly Slater (USA), Damien Hobgood (USA) + um convidado.

Bateria bem difícil. Bem difícil de errar o palpite, Kelly na cabeça.
(Só o Sean Holmes, finalista em anos anteriores pode mudar essa aposta. Não sabemos em qual das baterias ele vai cair, mas o sul-africano certamente vai tornar mais difícil a vida de um dos líderes do ranking).

Vale a mesma análise para as baterias do Taj Burrow e do Mick Fanning.

Heat 11: C.J. Hobgood (USA), Kekoa Bacalso (HAW), Neco Padaratz (BRA)

Olha o Neco com chance aí, gente.
Como eu disse, vai ter que fazer milagre, mas o cara teve a sorte de cair numa bateria difícil mas não impossível.
C.J. é um dos meus surfistas prediletos.
Sem muita frescura, o surf de back-side dele, pra mim, é melhor do que o do Bobby Martinez (que todo mundo diz que é o melhor do circuito atualmente).
Quem não se lembra das cenas dos irmãos Hobgood no free-surf em Barra de La Cruz?
Vou tentar recuperar essas imagens pra vocês conferirem.
Este ano, em especial, ele está realmente se destacando.
Mas ainda assim, em Jeffreys, o Neco ainda tem chance.

Do que importa mesmo, é isso.
Podem ter certeza que estaremos acompanhando tudo aqui no True Surfing, vamos ver se eu voltei afiado nos meus palpites.


THE TOECUTTER from Joel Parkinson on Vimeo.

sábado, 24 de abril de 2010

Billabong Pro Santa Catarina - Primeiro dia

Terminou o primeiro dia do campeonato em Imbituba, a terceira etapa do circuito mundial.
As ondas não estavam lá essas coisas mas, como o cerco está apertando e só faltam essa e mais duas etapas para que os treze surfistas piores classificados no ranking voltem para o WQS, emoção não faltou.
Dos quinze últimos colocados no ranking, quatro conseguiram vencer suas baterias e já escaparam da 33a colocação: Matt Wilkinson, CJ Hobgood, Tanner Gudauskas e Neco Padaratz.
Neco venceu e convenceu (valeu a minha torcida) na 3a bateria do dia.
Quanto aos derrotados, Jadson vai enfrentar Drew Courtney e Adriano de Souza vai enfrentar Blake Thornton no 2o round.
Nenhum dos dois deverá encontrar grande resistência e eu diria que já podemos contar com três brasileiros no terceiro round em Santa Catarina.
Após a derrota de hoje, Marco Polo tentará, provavelmente amanhã, vencer sua primeira bateria no WT, contra o havaiano Freddy P.
O havaiano tem surfado muito bem e o catarinense vai ter que se superar para deixar de ser motivo de piada no WT.
Os outros três competidores brasileiros vão tentar jogar água no chopp dos melhores surfistas do mundo.
Tânio Barreto enfrenta Taj Burrow, o jovem Ricardo dos Santos surfa contra Mick Fanning e Messias Félix pega Kelly Slater, que hoje perdeu novamente para o Tiago Pires.
O que vocês acham?
Alguma chance de zebra?
Pra mim, o único que tem chance de arrancar alguns scores é o Messias.
Mesmo assim, só vence se o Kelly se afundar e não pegar nada, coisa na qual não aposto um centavo.
Pra não fugir à regra tenho que terminar dizendo que, infelizmente, a transmissão não melhorou nada.
Travando o tempo todo, praticamente sem replay, qualidade péssima.
Vamos torcer para que amanhã a coisa melhore.
O Bocão repete a cobertura do evento para o site da Skol, principal patrocinador do evento.
Ainda não tem nada que interesse por lá.
Assim que aparecer alguma coisa, vocês saberão.
O site oficial do evento publicou o vídeo que colocamos abaixo como sendo os "pontos altos" do primeiro dia de surf na etapa brasileira do circuito mundial.
Ridículo.
O cara que fez a edição, provavelmente, ou não assistiu nada ou não entende de surf.
Cadê os dois aéreos que deram a vitória ao Dane Reynolds?
E o aéreo nota 10 do Joel Parkinson (nota 9,83, na verdade)?
Alguma cena das derrotas de Kelly Slater, Taj Burrow ou Mick Fanning?
Será que o Brasil vai passar vergonha mais uma vez?
E os patrocinadores?
Não aprenderam nada com as críticas dos últimos anos?
Eu entendo que errar é humano.
Mas insistir no erro é burrice.
Assistam e digam-me se estou errado.

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Rip Curl Pro Bells Beach - Saldo geral

Este post deu um problemão, travou o blog, ficamos quase que o dia inteiro com o blog fora do ar.
Ainda não corrigimos todos os bugs, mas republico aqui o texto para que vocês possam comentar.

Com relação à tramissão, nós, que aqui pegamos no pé dos eventos brasileiros que pecam na transmissão ao vivo, temos que ser ainda mais duros com os gringos, que tem muito mais recursos.
Pra mim, a Rip Curl queimou o filme.
Papelão geral.
Vocês conseguiram assistir?
Nós não.
Quanto ao campeonato, ao invés de complementar os comentários do post anterior, vou direto para os destaques.

1. Kelly Slater vai com tudo para o décimo.

Não tenham dúvidas de que o careca está disposto a resolver a fatura de uma vez por todas.
10o título em 2010.
Arrisco dizer que a Quiksilver já está montando a campanha publicitária com esse tema.

2. A disputa vai embolar como há muito tempo não se via.

O fato é que, diferente dos anos anteriores, no topo do ranking todo mundo evoluiu muito e não há ninguém se sobressaindo.
Além dos suspeitos de sempre (Mick, Joel, Taj, Kelly e Bede), eu destaco a evolução do Jordy Smith e do Bobby Martinez e os coloco também na briga pelo título.
Tá todo mundo voando, aéreo pra todo lado, surfando com pressão, força e modernidade.
A briga vai ser muito boa.

3. Na zona intermediária, em primeiro lugar o Adriano de Souza.

Na minha opinião, nada de título para o brasileiro.
Eu diria que o surf que ele apresentou o coloca entre os top 16, vai ter que brigar muito pra ficar entre os top 10.
É claro que uma vitória no Brasil pode mudar essa situação.
Acredito que as vitórias serão espalhadas, teremos vários vencedores diferentes nas dez etapas do tour.
Todos podem ter até dois tropeços no ano, já que descartarão os dois piores resultados.
O que vai fazer a diferença no final do ano, e decidir o título em última instância, será o número de vitórias e finais.

4. A vez dos goofies.
Ainda na zona intermediária, é a vez dos goofies, os surfistas que surfam com o pé direito na frente da prancha.
Kai Otton e Freddie Patacchia são os surfistas que mais evoluíram do ano passado para cá.
O primeiro teve um tropeço na segunda etapa, mas já mostrou que seu surf está num nível acima do resto do pelotão intermediário.
Pra completar, Jadson André e Adrian Buchan.
Adrian Buchan já vem mostrando um surf de ponta desde o ano passado, ano em que chegou a vencer uma final contra o Slater.
Pra mim, esse jovem australiano tem surf de campeão e acredito que ele ainda vai brigar pelo título, não nesse ano mas num futuro próximo.
Para nossa alegria, o brasileiro Jadson André mostrou a que veio.
Já é o melhor estreante até agora e tenho certeza que será assim até o final de 2010, até porque muitos dos novos talentos terão que voltar para o WQS no meio do ano.
Jadson não teve sorte na sua bateria contra o Bobby Martinez, as ondas não vieram e o americano descolou uma nota 8,17 já de saída, complicando a vida do brazuca.
Mesmo assim, creio que se ele tivesse se deslocado para o pico das esquerdas antes, ele só foi no finalzinho da bateria, o resultado seria diferente.
Esses quatro estarão entre os top 16 e vão beliscar lugares no top 10.

5. A força dos desacreditados.
Outros que se destacaram nestes dois primeiros eventos: Luke Stedman, Tiago Pires e Michel Bourez.
O primeiro realmente, surpreendentemente, renovou seu surf.
Está com mais velocidade, arriscando mais, me impressionou pela mudança, embora o estilo continue deixando a desejar.
O segundo, o Sacca, não mudou nada no seu surf, continua mostrando a qualidade de sempre.
A pena é que os juízes também não mudaram nada, continuam jogando as notas do Tiago Pires lá embaixo.
Mesmo assim, o surfista português vai fazer o WT até o fim do ano e pode bem terminar entre os top 16.
O terceiro vai dar trabalho.
Michel Bourez é jovem, tem um surf moderno e com muita força.
Vai deixar os novos talentos, queridinhos da mídia, no chinelo, podem escrever.

5. E os estreantes?
Tanner Gudauskas.
Entre o resto dos estreantes, esse é o cara.
Pode ser que não consiga passar pela peneira do meio do ano, mas o surf que ele mostrou até agora o credencia como um dos mais consistentes da nova geração.
Tem o pacote completo (aéreos, rabetadas, etc) mas não é de circo, é surf, power surf de verdade.

6. Dane Reynolds?
Esse aí precisa de ajuda.
Tem surf de sobra, indiscutível.
Mas não é um atleta profissional.
Mal pode ser considerado um atleta.
Quem viu a entrevista depois da derrota humilhante do californiano diante do Jordy Smith sabe do que eu estou falando.
Vai continuar sendo estrela de filmes, ter as fotos em tudo quanto é revista, será o ídolo da molecada, mas se quiser ganhar alguma coisa no surf profissional vai ter que mudar de atitude.
Surf não é só esporte, é poesia, arte, sonho, imaginação, criatividade, alegria.
OK.
Só que quando falamos do esporte surf, do surf competição, já faz tempo que o buraco é mais embaixo.
Ou o cara leva a sério ou vai fazer outra coisa.
É isso.

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Rip Curl Pro Bells Beach - Comentários

Ontem as ondas estavam pequenas na região de Bells Beach e o Rip Curl Pro, 2a etapa do circuito mundial, foi adiado.
Bom momento pra assistir novamente aos vídeos das baterias, analisar os resultados, comentar e fazer algumas previsões.
Começando pelos finalmentes:
Duas baterias das quartas-de-final já estão decididas, Adriano de Souza X Taj Burrow e Jordy Smith X Mick Fanning.
Cá entre nós, o cara pode até não gostar de competição de surf mas qualquer mané percebe o potencial que baterias como essas apresentam.
Se tiver onda, show de surf garantido.
Adriano de Souza tem surfado muito bem no Rip Curl Pro, consistente, rápido e eficiente, mas suas melhores notas tem ficado na casa dos oito pontos e sua melhor somatória, alcançada no 3o round, foi 16,67.
Concordo com o Ian Cairns que comentou, no início do ano, que as manobras do Mineiro tendem a terminar com a prancha na horizontal.
O ataque ao lip é vertical mas, quando a manobra termina, a prancha está "flat".

Pra piorar, suas manobras que terminam com a prancha invertida e deslizando não estão sendo bem pontuadas.
Coloco os vídeos com as baterias do 3o e 4o round para vocês comentarem.





Já o australiano, atual líder do circuito, já fez duas somatórias acima dos 17 pontos e, como o Petrus já comentou e vocês poderão comprovar, seu trabalho está sendo facilitado pelos juízes.
Reparem na nota 9,00 que ele conseguiu na bateria do round 4 contra o Andy Irons ou na nota 9,37 na bateria do 3o round.
Para vencer, Mineiro terá que pegar as melhores ondas e fazer algo realmente exepcional.

Quanto à segunda bateria das quartas, eu não me arrisco a fazer previsões.
Para mim, são os dois mais fortes candidatos ao título mundial, Mick Fanning e Jordy Smith.
O que o atual campeão mundial, Fanning, apresentou na bateria contra o Gabriel Medina não é pra qualquer um.
Juntou estilo, manobras modernas, risco, precisão, conhecimento da onda, não faltou nada.
Assitam e digam-me se estou errado.



O sul-africano não deixa por menos.
Vem embalado com o segundo lugar na primeira etapa e ontem conseguiu uma nota 9,80 numa ondinha mixuruca (a onda, não a performance) o que, já sabemos, é o segredo pra se dar bem no WT.
Tirar notas altas nas melhores ondas é bem mais fácil, praticamente todos os 45 competidores são capazes disso.
O difícil é conseguir um score destes numa onda mediana.
Vejam o vídeo da bateria (contra o Roy Powers no 4o round) e comprovem: o cara está fazendo tudo certinho.
Este post está ficando muito comprido e ainda tem muita coisa pra falar, vou terminar com uma rápida análise da performance do Jadson André e deixo para os próximos posts os comentários sobre a perfomance dos iniciantes, Owen Right e Dusty Payne (não percam, no Surfline, a sequência de fotos da manobra que rendeu 9,17 ao Dusty na bateria contra o Kelly Slater), sobre o surf impressionante que o jovem Tanner Gudauskas está mostrando, sobre a vitória do Parko sobre o Neco Padaratz e sobre os outros favoritos, Bede Durbridge e Kelly Slater.
Vamos ao Jadson.
No vídeo abaixo vocês podem assistir à vitória do potiguar contra o Taylor Knox.



Ninguém discute que o rapaz está surfando muito, que as batidas são mais do que verticais, que ele está jogando muita água pra cima, surfando com estilo e inteligência.
Só que ele precisa parar de dar essa "matada de barata" antes das batidas de backside.
Eu já tinha reparado nisso na Gold Coast e em Bells, até os narradores da transmissão comentaram.
A cavada também é uma manobra e contra o Bobby Martinez, um dos reis do estilo, isso pode fazer a diferença.
Segue o vídeo.

terça-feira, 6 de abril de 2010

Terminou o segundo round na Austrália. E hoje tem mais.

Terminado o segundo round, saldo positivo para os brasileiros.
Todos fizeram boas apresentações e só o Marco Polo perdeu sua bateria, de forma honrosa, como bem disse o Petrus no post abaixo.
A maior chance de um bom resultado para o jovem catarinense será, sem dúvida, na próxima etapa, em casa, no Santa Catarina Pro.
Marco Polo terá que ir muito bem na etapa brasileira e ganhar algumas baterias em Jeffreys para tentar se garantir no WCT sem depender do resultado em Teahupoo, onde acredito que ele vai ter mais dificuldade.
Vamos torcer.
E hoje tem mais.
E muito mais.
Eu diria, imperdível.
O dia já começa com brasileiro na água.
O já veterano de circuito Adriano de Souza, top mundial aos 23 anos de idade, enfrenta o iniciante americano Brett Simpson, de 25 anos.
Fiz questão de destacar a idade pra vocês terem uma idéia de como o Mineirinho é fenomenal.
Com tão pouca idade, o moleque já é um dos favoritos em qualquer situação, mar ou tamanho, enquanto o californiano ainda é considerado uma jovem promessa, apesar de dois anos mais velho que o brasileiro.
Mesmo assim, o americano, além de queridinho da mídia, vem de um 33o lugar na primeira etapa, tem um surf moderno, abusa dos aéreos e tem bastante estilo.
Ontem conseguiu uma nota 7,83 com uma manobra só.
Parada dura para o brazuca.
Gabriel Medina vai enfrentar mais um campeão mundial, Mick Fanning, e terá uma dificuldade adicional com a mudança do local do campeonato para Winkipop, uma direita rápida, difícil de ler, que deve favorecer o australiano.
Jadson André vai tentar superar uma pedreira, Taylor Knox, um especialista nesse tipo de condição e atleta Rip Curl, que patrocina o evento.
Neco pega Joel Parkinson, tomara que consiga escolher bem as ondas e acerte suas já famosas patadas.
De resto, destaque para as baterias entre Kelly Slater e Dusty Paine, Bede Durbridge e Tanner Gudauskas e Jordy Smith e Owen Right e Andy Irons e Kai Otton.
Os vídeos com melhores momentos e todas as baterias de ontem vocês assistem aqui.
Ao vivo, Adriano já está detonando ao vivo aqui.

quinta-feira, 4 de março de 2010

Quiksilver Pro - Adriano derrotado.

Eu sei que é chato reclamar do julgamento.
É claro que o Taj Burrow surfou muito bem.
Mas, como o José Luiz comentou num post anterior, os caras estão perdidos no julgamento.
Não estou dizendo que existe uma conspiração, nem nada.
Creio que foram muitas mudanças acontecendo junto e os caras ainda não se acharam.
Mudaram o crítério, mudaram o sistema todo, com a redução do número de competidores para 32 depois da 5a etapa e o novo ranking unificado, e ainda mudaram o Head Judge poucos dias antes do início do circuito.
De qualquer modo, a bateria já começou cheirando mal.
Adriano pegou uma onda antes de terminar a contagem regressiva para o reinicio da bateria, mas a onda não valeu.
Reiniciaram assim mesmo?
Estranho.
Depois, deram uma nota 9,27 para o Taj numa onda em que duas das três primeiras manobras foram cutbacks.
A partir daí, o brasileiro tentou o que foi possível mas os juízes não cooperaram.
Precisando de um 6,45, deram 6,43.
Taj pegou uma onda igual ou pior que a onda em que Adriano pontuou 7,33.
Para o Taj, nota 8,43.
Resultado, Adriano termina na 5a posição, leva pra casa dez mil dólares e 5250 pontos.
Apenas pra lembrá-los do novo sistema de ranking unificado, CJ Hobgood já tem 6500 pontos graças à vitória em Noronha, um evento seis estrela prime do WQS.
Agora, Mineiro segue para Margareth River, evento que também dá 6500 pontos para o vencedor, e na sequência, Bells Beach.
A cobertura completa, aqui no True Surfing.

quarta-feira, 3 de março de 2010

Quiksilver Pro - Adriano vence de forma espetacular e eu errei praticamente tudo.

Adriano de Souza é demais.
Sangue-frio, determinação, cabeça boa e muito, mas muito surf.
Como havíamos antecipado, foi uma bateria duríssima.
Adrian Buchan surfou com muita precisão e vendeu caro a vitória para o Mineirinho.
O final da bateria viu a liderança trocar de mão quatro vezes, a definição acontecendo somente no último segundo.
Emocionante.
Até agora foi uma das poucas previsões que eu acertei.
De forma geral, errei feio.
Taj Burrow escovou o Chris Davidson (está bem, confesso: minha previsão de vitória para o Davo tinha muito mais torcida do que análise objetiva, mas, quem liga?).
Na terceira bateria do dia, Bobby Martinez surfou melhor que Damien Hobgood, como eu havia antecipado, só que tão bem que Damo não teve nem chance. Nem Damien nem os juízes.
Na sequência, Kai Otton despachou mais um favorito, ninguém menos que o bi-campeão mundial Mick Fanning.
A bateria aconteceu na maré cheia mas mesmo assim Mick conseguiu achar um tubo na primeira seção que lhe rendeu uma nota 8,97.
Só não foi suficiente para vencer a velocidade, verticalidade e variação de manobras que Kai Otton apresentou.
Mick Fanning terminou precisando de uma nota seis, mas a onda não veio.
Errei a previsão, mas foi um erro calculado
Joel Parkinson, pelo menos, não me deixou na mão.
Freddy P quase surpreende, pegou a melhor onda da bateria mas não conseguiu achar uma segunda nota.
Foi a segunda previsão que eu acertei.
Nas baterias 5 e 6 o vexame foi ainda pior.
Não sei como, confundi tudo e troquei os competidores de bateria.
Fui desclassificado.
Uma novidade que estamos observando na transmissão tem a ver com as entrevistas após as baterias.
Diferente dos últimos anos, estão entrevistando também os surfistas derrotados.
As entrevistas com os vencedores são sempre muito parecidas, repetitivas até.
Era uma coisa que fazia falta.
No próximo post comento a bateria entre Jordy e Kelly.
E pra quem ainda não sabe, a ESPN Brasil está transmitindo o campeonato ao vivo.
Parabéns à ESPN, excelente iniciativa.

terça-feira, 2 de março de 2010

Quiksilver Pro ao vivo. Mineiro vence Jadson.

Assita ao vivo o Quiksilver Pro, direto de Snapper Rocks, Austrália.
Os dois brasileiros que sobreviveram aos primeiros rounds encontraram-se na primeira bateria do 3o round.
Os dois surfaram muito bem.
No final, Adriano de Souza venceu Jadson André e avançou para a próxima fase.
Jadson termina sua primeira participação na primeira divisão do circuito mundial na 17a posição.
Muita coisa boa vem por aí.
Os medalhões do circuito irão enfrentar a nata da nova geração.
Taj Burrow enfrentará Owen Right.
Mick Fanning surfará contra Brett Simpson, Kelly pegará Pat Gudauskas e Joel Parkinson, Dusty Paine.
Será que algum destes novatos vai conseguir avançar?
Acompanhem a cobertura completa do 3o round aqui no True Surfing.

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Adriano de Souza no North Shore

Este post era para ser a continuação da análise da atuação do surfista brasileiro Adriano de Souza, o Minheirinho, no Hawaii, neste ano.
Realmente estava difícil de entender, não estávamos conseguindo ligar os pontos.
Seguindo a indicação dos nossos parceiros, encontramos duas notícias bem interessantes.
A Australian Surfing Life diz que o Mineiro foi acompanhado, no pouco tempo que passou no North Shore, por um guarda-costas.
Segue o trecho (em inglês):

"Adriano, his year done, actually looks super stoked! He puts on a hat and walks off around the stand, accompanied by a large gent that ASL later learns is a bodyguard. Adriano has offended someone and feels the need to be looked after."

A outra reportagem conta que a mesma coisa aconteceu com o Dustin Barca, durante a etapa no Brasil.
Segue o trecho:

"Mineirinho e Dustin Barca. Pelo jeito a confucao no Hawaii até hoje continua. Dustin andava para todo lado com uma equipe de seguranças casca-grossa, com faixas preta do jiu-jitsu que nao largavam o atleta até ele entrar na água."

A coisa faz cada vez menos sentido, né?
Quer dizer que os dois brigaram no Hawaii no final do ano passado (ou no Tahiti, segundo outra fonte) e a coisa continua até hoje?
Que coisa antiquada!
O que faz alguém sustentar por tanto tempo uma briga, ameaças e essas palhaçadas, a ponto de ter que agir desta forma?
Na hora, perdeu a cabeça, até consigo entender.
Agora ... dormiu, esfriou a cabeça, acordou, pensou um pouco, segue a vida, não é assim?
Os dois são animais, irracionais, é isso?
Incapazes de resolver suas diferenças, sejam quais forem?
Será que a confusão foi por causa da honra de alguma donzela?
A mãe de alguém está no meio?
Vocês conseguem imaginar algo que justifique uma presepada dessas?
E se eu falar pra vocês, pra completar o quadro de insanidades, que os dois são da mesma equipe, correm pela mesma marca, a Oakley?
Se isso tudo for verdade mesmo, é sem dúvida uma das histórias mais deploráveis envolvendo o surf brasileiro nos últimos tempos.
E nota zero para o patrocinador.
Fui procurar no site do brasileiro se existia alguma notícia a respeito.
Achei o site www.adrianodesouza.com.br, em construção, aparentemente.
Nem sei se é o site oficial do cara.
Mas encontrei um vídeo do Mineiro em Paúba, no litoral norte paulista.
Tem que descer a barra de rolagem, é um dos últimos vídeos da lista.
Pelo menos, não dá pra dizer que ele não foi para o North Shore.

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Taj Burrow vence o Billabong Pipeline Masters

Chega ao fim a Tríplice Coroa Havaiana e o Billabong Pipeline Masters.
Taj Burrow coloca seu nome numa galeria muito especial.
O campeonato terminou em ondas pequenas e mexidas, sendo definido pelas manobras e não pelos tubos.
Quem se importa?
Até chegar a final, Taj fez o que foi necessário, venceu e convenceu.
Venceu Kelly Slater na final e saiu da água carregado por Mick Fanning, o novo bi-campeão mundial.
Que tal?
Presenciamos alguns fatos polêmicos nesse meio tempo, como o papelão do Mineirinho e a trapaça do Dean Morrison na bateria contra o Damien Hobgood (assita ao vídeo com a onda suspeita e tudo o que rolou nesse Pipmasters aqui).
Escrevo o próximo post com as informações que nossos leitores nos passaram sobre o caso do Mineirinho.

(Atualização das 08:00h)

O Surfline também deu destaque para a trapaça do Dean Morrison. Veja, no slide 20, em câmera lenta, o momento em que Dingo puxa a cordinha do seu oponente.
Que vergonha!

E terminamos com uma boa notícia.
Neco Padaratz foi convidado para participar do WCT em 2010!
Será o D´Artagnan no meio dos Três Mosqueteiros, Mineiro, Marco Polo e Jadson André.
Parabéns, Neco, por essa eu não esperava.

sábado, 12 de dezembro de 2009

O que Pipeline significa pra você? - Notícias do Billabong Pipeline Masters

Repito a pergunta do título.
O que Pipeline significa para você?
Antes de responder, pense nas imagens que você já viu dessa onda fantástica.
Pense nas imagens da época em que você era criança ou de quando você ainda estava começando a surfar.
Lembre-se das histórias que você já ouviu.
Se você já surfou essa onda, saber melhor do que ninguém que uma palavra chave da história toda é respeito.
Respeito.
Uma das ondas mais lindas que existem.
Uma onda mortal.
E ainda tem o Backdoor, uma das ondas pra direita mais casca-grossa do mundo.
Pipeline e Backdoor.
A verdadeira arena.
Temida e respeitada por todos.
Respeitada por todos??
Parece que não é bem assim.

Vou descrever a cena e vocês me dizem o que acham:

Começa a quinta bateria do terceiro round, Adriano de Souza, o Mineirinho, nosso herói brazuca, terceiro no ranking mundial, contra Flynn Novak, surfista havaiano especialista em Pipeline.
Bateria difícil, evidentemente.
Logo no ínicio, Flynn Novak pega uma onda boa, nota 6,83.
Vem o replay, os comentaristas analisam a performance, tudo normal.
De repente, Luke Egan (sempre ele) faz uma observação surpreendente:
"Esperem, só estou vendo um competidor nesta bateria, cadê o Adriano de Souza?"
A câmera focaliza a praia e encontra o brasileiro calmamente chegando, sem camisa, a prancha embaixo do braço como se nada estivesse acontecendo.
Alguém avisa que sua bateria já está na água, ele se apressa, assina a súmula e entra na água, seis minutos atrasado.
Eu sei que parece mentira.
Ninguém conseguiu entender.
John John pegando tubos nota 10 e o cara andando na praia, acordando.
A bateria já rolando e ele não tá nem sabendo o que está acontecendo??
Não era para ele estar na praia desde de manhã, analisando as condições, preparando-se para a bateria, assistindo as performances dos outros competidores?
E o fato de ter a chance de surfar Pipe sem ninguém?
Pegar dez, doze ondas por bateria sem o crowd para atrapalhar?
Tirar fotos para o patrocinador num dia clássico na Meca do surf mundial?
Que importância tem isso?
Vamos falar a verdade.
Os caras são muito amadores.
Digo os caras porque, hoje em dia, um atleta de alto nível como o Adriano tem que ter gente por trás, tem o patrocinador, tem o empresário, o treinador, deveria ter amigos, sei lá.
Não aparece ninguém pra colocar um pouco de vergonha na cara do rapaz?
Ou é muita ignorância ou é muito desrespeito.
Em outras palavras, ou os caras não entendem o que significa um Pipemaster ou são muito, muito folgados.
Na bateria, Adriano, terceiro do mundo, assumiu uma postura difícil de descrever.
Não apareceu no Hawaii durante o início da temporada, na primeira onda tirou uma nota cinco e meio e saiu fazendo um estilo como se tivesse tirado uma nota nove.
Os comentaristas não puderam evitar a ironia, foi realmente ridículo.
Pegou a primeira onda depois de 18 mnutos de bateria.
Pra vocês terem uma idéia, nos primeiros vinte minutos de bateria, sem prioridade, Kelly Slater já somava 19,33 nas duas melhores ondas.
Deu um show para todos os internautas.
Isso é respeito.
Hank Gaskell, perdeu essa bateria contra o Slater, mas tirou uma nota 10.
Certamente terá sua foto e os vídeos publicados em diversos veículos e mídias.
É claro que Adriano será solenemente igorado pela mídia internacional, mesmo sendo um dos principais surfistas da Oakley.
Parece se esforçar para estabelecer de vez sua insignificância no cenário mundial.
É terceiro, mas não merece.
Já a mídia nacional vai ter que engolir mais esse sapo e tratar tudo isso como se fosse normal.
Mineiro até que pegou boas ondas no final da bateria.
Eu diria até que juízes seguraram um pouco as notas, só pra ele não passar.
(Eu teria feito isso)
No final, os cinco minutos fizeram falta.
Pra completar o quadro, Mineirinho saiu da água dando risada.
Da nossa cara, só pode ser.
Me senti um trouxa.
Ficar em casa torcendo pelo cara e ter que assistir a um papelão atrás do outro.
Fiquei com vergonha.
O que salvou o dia foi o show de surf dos gringos.
Foi um dia repleto de notas 10, ondas excelentes foram surfadas, mais um campeonato que vai entrar para a história.
Mick Fanning sagrou-se campeão mundial.
Passou as baterias que precisava surfando muito, com dedicação e profissionalismo.
Parabéns Mick Fanning!
Que sirva de exemplo para os nossos garotos.
Um bom exemplo.
Quem escolher seguir os ídolos nacionais, vai acabar se afundando.
Assistam os detalhes de tudo o que rolou aqui.

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Mineirinho é destaque no Hawaii (post ditado pelo Kika)

Destaque negativo.
Cadê o cara?
Enquanto o bicho tá pegando no North Shore, toda a mídia, todas as atenções voltadas para a performance dos surfistas no Hawaii, cadê o Adriano de Souza?
Qualquer um imaginaria que o jovem surfista brasileiro estaria lá, participando da Tríplice Coroa Havaiana, aproveitando para praticar, aprender mais sobre ondas de verdade, surfando Haleiwa e Sunset só com mais quatro caras na água, tirando fotos, filmando, essas coisas.
Até o Joel Parkinson, que está se recuperando de contusão e já venceu esse campeonato uma vez, está lá, dando retorno pro patrocinador, provando seu surf nas condições mais pesadas.
O Mick Fanning não competiu em Haleiwa e teve que se justificar perante os fãs, ao vivo na internet.
E o Mineirinho?
Em Campinas.
Fala sério.
Depois os caras reclamam que a gente pega no pé das marcas e surfistas brasileiros.
Temporada havaiana bombando e o principal atleta nacional não precisa treinar?
Já domina Sunset, é isso?
Praticar em Pipe então, pra quê?
O menino quer ser um campeão mundial e dispensa uma temporada no Hawaii?
O que está acontecendo?
Tá pensando que é o Kelly Slater?
E a Oakley?
O que vocês acham?
Ao marcar o lançamento da coleção em Campinas e São Paulo, em plena temporada havaiana, está mostrando visão de longo prazo ou explorando a imagem do garoto enquanto é tempo?
Depois faz um papelão em Pipeline e não sabe por quê.
Já falamos que ele tem potencial pra ir bem na última etapa do tour, haja visto os resultados que alcançou em Teahupoo, no Tahiti.
Mas tem que mostrar, de verdade.
Tem que estar lá, pegar as ondas, tirar fotos.
Em Campinas é que não dá.
Brincadeira...

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

ONDE ESTÁ O SURF BRASILEIRO?

Gostaria de agradecer nosso amigo "Surfe Catarinense" por seu cometário a respeito do Marco Pólo e suas performances no Super Surf, e aproveitar para dividir com todos minha opinião sobre esta relação Super Surf X WT(ex-WCT).

Hoje, o surf competição brasileiro (masculino) está dividido basicamente em dois grupos:

1 - Jovens talentos, descobertos precocemente que tiveram, ou tem apoio de seus patrocinadores para correrem campeonatos, com suas despesas pagas, e as vezes até recebendo bons salários, realizando viagens, e focando seus esforços em uma carreira internacional.
Ex: Teco Padaratz, Fabio Gouveia, Peterson Rosa, Renan Rocha, Neco Padaratz, Adriano de Souza, Gabriel Medina, Miguel Pupo, Alejo Muniz, Caio Ibeli, Felipe Mateus, Gerônimo Vargas entre muitos outros que me perdoem por esquece-los agora.

2 - Jovens talentos, que usam as competições universitárias, municipais, estaduais, regionais e brasileiras, como vitrine em busca de um lugar ao sol. Batalhadores por excelência não aceitam um não de primeira. São campeões, e sem dúvida respeitamos igualmente os dois grupos.
Ex: Messias Félix, Bibi, Simão Romão, Renato Galvão, Daison Pereira etc etc...

Tá, e onde quero chegar com toda esta lenga-lenga?

Simples!! Existe uma cláusula contratual na ASP que impede os atletas do tour (WT), de correrem as etapas de seus países, que não façam parte do calendário da entidade.
Ou seja, quem está no circuito mundial, não corre o Super Surf, e ponto final.

Desde então, marcas interessadas em uma maior visibilidade de seus atletas, focaram seus recursos em produzir surfistas que tenham a competência (surf no pé), para furar a muralha do WQS e construir uma carreira em nível mundial. Porgramas de viagens internacionais, competições ao redor do mundo...
Vocês sabiam que o Jadson André e Owen Whright se enfrentaram diversas vezes em 2009, inclusive em finais? O brasileiro entra no circuito perfeitamente adaptado a tudo que vai encontrar, inclusive seus adversários.
E o que tem de errado nisso?

Simples!! Sabe quando o Jadson vai disputar o Super Surf? E o Adriano de Souza? Vou mais longe ainda, a sensação de Camburi, Miguel Pupo, e o nosso garoto King of Groms nota 20 Gabriel Medina vão disputar seriamente este título brasileiro nos próximos 10 anos? Você realmente crê nisso?

Se o que temos de melhor, não participa do nosso circuito nacional, qual é o parâmetro do surf interno da terrinha? Acho que não é nenhuma supresa eu afirmar que o nível do Super Surf é muito baixo quando comparado ao do WT. Mas isso é óbvio, diriam alguns!! Afinal se todos por aqui surfassem o mesmo que a elite mundial, eles seriam a elite!!

Concordo, mas o que não dá pra acreditar é o nível de notas recebidas no Super Surf X Notas do WT. Uma onda que receberia um 7,5 no Super Surf, não passaria de 4,5 no WT. Apenas para ilustrar: assisti uma bateria em Itamambuca, onde o atleta Guigui (Wigoly Dantas) desferiu duas boas batidas de backside e uma onda (pensei...6,5..entrou no somatório)...Alguns minutos, e saí a nota dos juízes: 9,23!
Minha reação? Fui pra casa pegar a prancha e surfar. Pra que perder meu tempo?

A conclusão que chego, caros amigos, é que o Super Surf não prepara nossos atletas para o próximo nível. E sim, é apenas um circuito onde os atletas de todo Brasil se confraternizam, além de se transformar em uma alternativa ao insucesso da carreira internacional de alguns, ou mesmo um belo plano de aposentadoria para os ex-WT, que após perderem o gás do tour mundial, voltam para casa buscando maior longevidade nas competições.

Posso parecer muito injusto com meus questionamentos, mas assisti muitos campeonatos ao vivo este ano: Super Surf, WQS, Municipais, Universitários e claro, todas etapas internacionais que tiveram cobertura via internet, sendo assim gostaria de perguntar a todos:

O Messias Félix(campeão com todos os méritos do Super Surf), é melhor surfista que o Mineirinho? Tudo bem, exagerei!!
Melhor então: quem surfa mais, Tanio Barreto ou Heitor Alves? Jano Belo ou Jadson André?

O Super Surf não define que são os melhores surfistas do Brasil, e muito menos é um ponto de comparação com WT. Infelizmente!!

A ABRASP devia lutar pelo esporte brasileiro, e conseguir a liberação dos atletas tupiniquins do WT, para correrem etapas do circuito nacional.

Aí sim poderíamos saber verdadeiramente ONDE ESTÁ O SURF BRASILEIRO!

Saúde e Paz...Aloha Spirit

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Supertubos não decepciona: Drama, notas 10, Rip Curl acerta mais uma

Terminou mais um dia de surf no WCT em Portugal.
E que dia.
Três notas 10, pranchas quebradas, caldos impressionantes, séries gigantes, lesões.
Comparações com Pipeline e Puerto Escondido à parte, Supertubos não decepcionou.
Mineiro perdeu sua bateria no 3o round para o Tim Reyes.
Não conseguiu achar as ondas enquanto o californiano conseguiu uma nota 8,5 na primeira onda da bateria.
Parko e Mick Fanning passaram para as semifinais, mantendo a briga pelo título mais acesa do que nunca.
Foi um verdadeiro show de surf.
As notas 10 foram cortesia de Bede Durbridge, Joel Parkinson e o wild-card de 19 anos Owen Right.
O jovem australiano foi responsável pela pitada de drama, ao sofrer uma queda violenta em que estourou o tímpano.
Saiu da água, no meio da bateria, completamente desorientado.
Ainda assim, venceu a bateria por conta da nota 10 que conseguiu numa esquerda impressionante.
Como não poderá surfar por no mínimo seis semanas, Mick Fanning já está na final.
O líder do ranking enfrentará o vencendor da bateria entre Joel Parkinson e Bede Durbridge.
Serão duas baterias imperdíveis que acontecerão amanhã.
Não percam nossas atualizações com os vídeos e fotos de mais um dia de altas ondas num campeonato The Search.
Parabéns para a Rip Curl.
Mais um evento que vai entrar para a história.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Mineiro em Trestles

Foi um belo campeonato esse Hurley Pro, etapa americana do circuito mundial de surf profissional, o WCT, em Lower Trestles, California.
Nossos heróis brasileiros no circuito, Heitor Alves e Adriano de Souza, foram muito bem, os dois terminando com o 5o lugar.
Não conto o Jihad porque ele desistiu do WCT naquela onda em Imbituba, comentário antigo que você pode reler aqui.
Adriano chegou mais perto de Parko no ranking mas a diferença ainda é grande.
Para ganhar o título nesse ano, só se o australiano tiver um desempenho muito fraco nas quatro etapas que faltam, o que é meio improvável.
Com vinte e dois anos, só de estar nessa briga já é um feito e tanto.
Mineirinho tem surf, está evoluindo, e eu acredito que pode mesmo chegar lá.
Desgarrando a rabeta, rasgadas fortes, batidas de backside, tá dando show.
Se vocês repararem, ele tem procurado conectar as manobras direto, termina uma e já está cavando, preparando a próxima, procurando fazer um movimento contínuo.
É isso que os juízes querem ver.
Só que algumas vezes a manobra ainda parece muito forçada, principalmente nas ondas meio gordas de Trestles.
Conversando sobre os rounds iniciais com um de nossos grandes colaboradores, ele comentou que estava ficando um pouco incomodado com o estilo do Mineirinho, as pernas muito abertas, um surf parecendo pesado.
Na hora achei engraçado ele comentando que nosso herói no WCT ainda trazia muito do Guarujá no seu jeito de surfar.
"Desde os 5 anos de idade matando barata, é difícil se livrar", disse ele.
Parafraseando Reinaldo Azevedo, um dos blogueiros mais lidos do Brasil:o sucesso desse blog está na qualidade de seus leitores.
Dêem uma olhada no vídeo das quartas de final, em que Adriano de Souza perdeu para o Bede Durbridge.
A onda que ele pegou, aos 02:42 do vídeo, na minha opinião, foi uma das que definiram sua derrota na bateria.
A outra foi a primeira onda da bateria, primeira onda do vídeo também.
O fato é que o Bede pegou as melhores ondas e surfou com precisão absoluta.
Cada onda que o brasileiro pegava, o grandalhão australiano vinha atrás em uma melhor, arrebentando, com mais estilo, mais força, finalizando sem erro.
Mineiro perdeu porque o outro surfou melhor.



Agora o caso do Heitor Alves é diferente.
Mas isso é assunto para o próximo post.

domingo, 26 de julho de 2009

Adriano vence Kelly! VIVA!!!

Dois minuto para o fim da bateria.
Mineiro na frente.
Kelly precisando de uma nota seis.
Kelly remou, não foi, não mudaram a prioridade.
Mineiro tenta um aéreo. Errou.
Um minuto e meio para o fim.
Valendo a semifinal.
Acabou!!
Rob Machado, Hurley, comentaristas, Huntington em silêncio.
A primeira vez que Adriano ganhou de Kelly Slater.
E foi em grande estilo.
Parabéns, Mineirinho!
Essa foi demais!

Abraços a todos,

Chocolate

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Emprego salvo?

Adriano de Souza em segundo no Ranking do WCT.
E Kelly Slater em nono.
E todo mundo tomando cerveja!
Esse foi o saldo final do evento realizado no Brasil.
Nada mal, considerando o que tivemos que aguentar pra chegar até aqui.
Eu diria que essa final salvou a semana da Hang Loose.
Ninguém mais vai falar nada.
Lá fora o Kelly ganhará todas as manchetes.
Aqui, Mineiro será o assunto das conversas.
E ficará tudo por isso mesmo.
Como bem disse Joel Parkinson: "Next, J´Bay".
Ou seja: agora é que a cobra vai fumar.
O WCT no Brasil estava caminhando para ser esquecido no momento em que soasse a última buzina.
Mas não.
O fato é que, embora Adriano tenha entrado definitivamente na briga pelo título, quem mete medo mesmo começou a mostrar as garras. E é na África que o bicho vai pegar de verdade.
Aqui, foi uma loteria.
Apesar de ter errado, surpreendentemente, enterrando a borda e desperdiçando uma onda com bom potencial, Bede Durbridge perdeu para o Mineirinho porque não entrou onda nenhuma nos oito minutos finais da bateria.
Ele precisava de uma nota menor que cinco. Todo mundo sabe que era só ter aparecido uma marola que o cara conseguiria esse score.
A bateria do Taj contra o Kelly foi triste.
Pelo momento do campeonato, pelo potencial explosivo de surf que os dois possuem, ficou aquele gostinho de quero mais (Next, J´Bay).
Cada um só pegou duas ondas. Kelly virou a bateria com uma nota sete e meio. E vocês não imaginam o esforço que eles, Kelly e os juízes, tiveram que fazer pra sair essa nota.
A semifinal, Kelly e CJ, então, foi pior ainda.
CJ Hobgood não conseguiu pegar uma onda que batesse no seis, Kelly estava levando a semifinal com duas notas cinco. As ondas realmente não cooperaram.
A final, porém, salvou a pátria.
E, quem sabe, o emprego dos responsáveis pelo tanto de amadorismo e falta de preparo que acompanhamos nesta semana.
Next, J´Bay. Ufa!

Hoje são as finais do WCT no Brasil

Último dia do WCT Brasil.
Adriano de Souza acabou de passar a bateria contra Jeremy Flores e enfrenta o Bede nas quartas.
O mar está inconstante. As ondas estão boas, mas demorando bastante.
Bobby Martinez está na água contra Dustin Barca. Em quinze minutos de bateria, só duas ondas surfadas (uma cada um). Uma pena.
Agora é torcer para o Adriano ter uma boa performance, para que, no final, fique uma boa memória deste evento.
Vamos acompanhando e postando os comentários