quinta-feira, 8 de abril de 2010

Rip Curl Pro Bells Beach - Comentários

Ontem as ondas estavam pequenas na região de Bells Beach e o Rip Curl Pro, 2a etapa do circuito mundial, foi adiado.
Bom momento pra assistir novamente aos vídeos das baterias, analisar os resultados, comentar e fazer algumas previsões.
Começando pelos finalmentes:
Duas baterias das quartas-de-final já estão decididas, Adriano de Souza X Taj Burrow e Jordy Smith X Mick Fanning.
Cá entre nós, o cara pode até não gostar de competição de surf mas qualquer mané percebe o potencial que baterias como essas apresentam.
Se tiver onda, show de surf garantido.
Adriano de Souza tem surfado muito bem no Rip Curl Pro, consistente, rápido e eficiente, mas suas melhores notas tem ficado na casa dos oito pontos e sua melhor somatória, alcançada no 3o round, foi 16,67.
Concordo com o Ian Cairns que comentou, no início do ano, que as manobras do Mineiro tendem a terminar com a prancha na horizontal.
O ataque ao lip é vertical mas, quando a manobra termina, a prancha está "flat".

Pra piorar, suas manobras que terminam com a prancha invertida e deslizando não estão sendo bem pontuadas.
Coloco os vídeos com as baterias do 3o e 4o round para vocês comentarem.





Já o australiano, atual líder do circuito, já fez duas somatórias acima dos 17 pontos e, como o Petrus já comentou e vocês poderão comprovar, seu trabalho está sendo facilitado pelos juízes.
Reparem na nota 9,00 que ele conseguiu na bateria do round 4 contra o Andy Irons ou na nota 9,37 na bateria do 3o round.
Para vencer, Mineiro terá que pegar as melhores ondas e fazer algo realmente exepcional.

Quanto à segunda bateria das quartas, eu não me arrisco a fazer previsões.
Para mim, são os dois mais fortes candidatos ao título mundial, Mick Fanning e Jordy Smith.
O que o atual campeão mundial, Fanning, apresentou na bateria contra o Gabriel Medina não é pra qualquer um.
Juntou estilo, manobras modernas, risco, precisão, conhecimento da onda, não faltou nada.
Assitam e digam-me se estou errado.



O sul-africano não deixa por menos.
Vem embalado com o segundo lugar na primeira etapa e ontem conseguiu uma nota 9,80 numa ondinha mixuruca (a onda, não a performance) o que, já sabemos, é o segredo pra se dar bem no WT.
Tirar notas altas nas melhores ondas é bem mais fácil, praticamente todos os 45 competidores são capazes disso.
O difícil é conseguir um score destes numa onda mediana.
Vejam o vídeo da bateria (contra o Roy Powers no 4o round) e comprovem: o cara está fazendo tudo certinho.
Este post está ficando muito comprido e ainda tem muita coisa pra falar, vou terminar com uma rápida análise da performance do Jadson André e deixo para os próximos posts os comentários sobre a perfomance dos iniciantes, Owen Right e Dusty Payne (não percam, no Surfline, a sequência de fotos da manobra que rendeu 9,17 ao Dusty na bateria contra o Kelly Slater), sobre o surf impressionante que o jovem Tanner Gudauskas está mostrando, sobre a vitória do Parko sobre o Neco Padaratz e sobre os outros favoritos, Bede Durbridge e Kelly Slater.
Vamos ao Jadson.
No vídeo abaixo vocês podem assistir à vitória do potiguar contra o Taylor Knox.



Ninguém discute que o rapaz está surfando muito, que as batidas são mais do que verticais, que ele está jogando muita água pra cima, surfando com estilo e inteligência.
Só que ele precisa parar de dar essa "matada de barata" antes das batidas de backside.
Eu já tinha reparado nisso na Gold Coast e em Bells, até os narradores da transmissão comentaram.
A cavada também é uma manobra e contra o Bobby Martinez, um dos reis do estilo, isso pode fazer a diferença.
Segue o vídeo.

2 comentários:

  1. Choco, o campeonato ja acabou ...e foi ontem mesmo!! Eles foram pra uma quarta praia e o careca venceu...fué fué fué...

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  2. Pessoal, só um recado:

    "Um blog é uma transmissão, não uma publicação. Se ele parar, ele morre." (Andrew Sullivan)

    Vai morrer agora que tava ficando bom?
    Abraços,
    Bruno

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