Kelly ganhou mais uma, mas essa o Taj entregou.
Vacilou feio.
E não foi na bateria final, foi bem antes.
Quando acabaram as quartas de final, o mar estava liso, de quando em quando entrava uma série com bom tamanho, o campeonato estava bombando.
É verdade que a maré estava enchendo mas o Taj tinha acabado de tirar uma nota nove e, na bateria do Alejo, falta de onda não foi o problema.
Mesmo assim, Kelly Slater fez campanha pra adiar o campeonato.
Falou com a mídia, deu entrevista, falou com o contest director, head judge, criou o maior rebuliço.
O que você faria se fosse um semifinalista também e o Kelly Slater dissesse que achava melhor continuar o campeonato com a maré seca, mesmo sabendo que ia virar o vento?
Eu ia querer o contrário!
Se é bom pra ele, é ruim pra mim, claro.
E o que disseram os outros semifinalistas?
Bem, o Tiago Pires acabou de assinar um contrato de dez anos com o patrocinador do campeonato, com certeza não seria ele a causar confusão.
Jordy Smith, não teve nem chance pra dar sua opinião, no momento em que o diretor combinava com os surfistas o adiamento da competição o sul-africano ainda estava na água, tratando de vencer sua bateria contra o brasileiro Alejo Muniz.
Restava o Taj Burrow.
O espertão topou, foi na onda do careca, e o resultado todo mundo sabe: Taj foi humilhado mais uma vez, mal somando dez pontos na bateria final.
Bem feito, dirão alguns.
Outro que vacilou foi o próprio Alejo.
O moleque tem um futuro do caramba, sem dúvida, e a gente pode colocar esse resultado na conta da inexperiência, mas, fala sério...
O cara acha que vai passar pra semifinal, vencer o vice-campeão mundial com uma nota 5,90?
O Mineiro tirou duas notas nove e nem assim passou a bateria!?!?
No World Tour, uma nota seis não dá nem pra saída.
Pra piorar, o moleque ficou 15 minutos sem pegar nenhuma onda.
Não conseguir melhorar uma nota cinco pode até acontecer, sei lá.
Mas nem tentar?
No final ainda teve aquela papagaiada de fazer uma interferência no Jordy (o sul-africano pegou a onda, a sirene tocou acabando a bateria e ainda assim Alejo foi na onda, tentando usar a prioridade).
Para o jovem candidato a Rookie of the Year, agora é a hora de rever as imagens, botar a cabeça no lugar e aprender com os erros.
Ainda mais agora, que o mundo todo já sabe que ele existe.
A pressão vai aumentar bastante, vamos ver como nosso herói vai reagir.
Talento ele tem de sobra mas já vimos várias vezes que só isso não basta.
Quem ainda não viu, pode assistir aos vídeos aqui.
Quanto à bateria do Mineiro, não tem nem polêmica: foi garfado na cara dura.
A onda que rendeu ao Taj uma nota 9.43 mal valia uma nota oito.
Meus amigos australianos justificam dizendo que a primeira onda do brasileiro foi super-valorizada, e que os juízes tiveram que compensar no final.
De todo jeito, Mineiro mostrou certa recuperação nesse primeiro evento do ano.
Voltou a surfar com mais radicalidade, dando aéreos, manobras mais verticais, com velocidade e precisão.
Esse é o surfe que gostamos de assistir.
E é bem melhor que aquele teatro de engatilhar a arma e atirar, ou essa coisa de ficar comemorando antes, durante e depois da onda acabar.
De tão exagerado, transparece falta de humildade.
Não justifica a roubalheira, mas é mostra de certa arrogância deselegante.
Adriano tem surf pra voltar pro top 10, mas fácil não vai ser, vai ter que ralar.
Agora é esperar Bells Beach.
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sábado, 12 de março de 2011
Quiksilver Pro 2011 - Sabotaj
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domingo, 8 de agosto de 2010
2010 US Open of Surfing - Pupo derrotado, Jadson garfado
Miguel Pupo fez tudo certo.
Somou 16,10 com suas duas melhores ondas.
Jordy Smith surfou melhor.
Agora é relaxar e se concentrar para a final do Pro-Junior.
Já a segunda bateria foi uma outra história.
Já começou com uma nota 8,83 para o Mick Fanning que foi muito além do merecido.
Comparando com a nota 9,00 que o Jadson tirou, fica até feio para os juízes.
Na sequência deram um 7,43 para o Mick Fanning numa onda com três floaters.
Jadson talvez pudesse ter arriscado mais em sua última onda mas mesmo assim a onda foi melhor do que o 6,5 que recebeu.
De qualquer forma, os brasileiros estão fora.
Como eu disse em um post anterior, o estrago já está feito.
Somou 16,10 com suas duas melhores ondas.
Jordy Smith surfou melhor.
Agora é relaxar e se concentrar para a final do Pro-Junior.
Já a segunda bateria foi uma outra história.
Já começou com uma nota 8,83 para o Mick Fanning que foi muito além do merecido.
Comparando com a nota 9,00 que o Jadson tirou, fica até feio para os juízes.
Na sequência deram um 7,43 para o Mick Fanning numa onda com três floaters.
Jadson talvez pudesse ter arriscado mais em sua última onda mas mesmo assim a onda foi melhor do que o 6,5 que recebeu.
De qualquer forma, os brasileiros estão fora.
Como eu disse em um post anterior, o estrago já está feito.
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sábado, 7 de agosto de 2010
2010 US Open of Surfing - Medina fora. Pupo e Jadson nas quartas
Gabriel Medina perdeu para o Jordy.
Não teve muito o que fazer.
As ondas não ajudaram.
Jordy Smith, o líder do ranking mundial, pegou a primeira onda e tirou uma nota cinco.
Gabriel ficou esperando uma onda boa.
Enquanto isso, Jordy pegou mais uma ondinha e tirou uma nota seis.
Gabriel esperando.
Faltando sete minutos para o final da bateria, Medina pegou sua primeira onda.
Ficou faltando uma nota cinco, nota que ele consegue tirar com um pé nas costas, braços amarrados e os olhos vendados.
Mas a onda não veio.
Miguel Pupo aprendeu com o erro do amigo e já iniciou a bateria com uma nota 7,83.
Surfou com muita inteligência e derrotou um dos surfistas mais consistentes do circuito mundial, o australiano Bede Durbridge.
Primeira bateria das quartas-de-final, amanhã: Miguel Pupo contra Jordy Smith.
A segunda?
Jadson André contra Mick Fanning.
Jadson venceu sua bateria com uma nota milagrosa arrancada com um aéreo impressionante na frente do pier.
Já Mick Fanning, só com batidas e rasgadas, apresentou uma das melhores performances do campeonato.
A briga vai ser boa.
Agora entra na água o "veterano" Adriano de Souza.
Não teve muito o que fazer.
As ondas não ajudaram.
Jordy Smith, o líder do ranking mundial, pegou a primeira onda e tirou uma nota cinco.
Gabriel ficou esperando uma onda boa.
Enquanto isso, Jordy pegou mais uma ondinha e tirou uma nota seis.
Gabriel esperando.
Faltando sete minutos para o final da bateria, Medina pegou sua primeira onda.
Ficou faltando uma nota cinco, nota que ele consegue tirar com um pé nas costas, braços amarrados e os olhos vendados.
Mas a onda não veio.
Miguel Pupo aprendeu com o erro do amigo e já iniciou a bateria com uma nota 7,83.
Surfou com muita inteligência e derrotou um dos surfistas mais consistentes do circuito mundial, o australiano Bede Durbridge.
Primeira bateria das quartas-de-final, amanhã: Miguel Pupo contra Jordy Smith.
A segunda?
Jadson André contra Mick Fanning.
Jadson venceu sua bateria com uma nota milagrosa arrancada com um aéreo impressionante na frente do pier.
Já Mick Fanning, só com batidas e rasgadas, apresentou uma das melhores performances do campeonato.
A briga vai ser boa.
Agora entra na água o "veterano" Adriano de Souza.
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2010 US Open of Surfing - Se os meninos passarem hoje, a casa cai
Oitavas de final no pier de Huntington Beach, California.
Primeira bateria do dia: Gabriel Medina contra Jordy Smith.
Na seqüência, Miguel Pupo contra Bede Durbridge e Jadson André contra Nic Muscroft.
O que dizer?
Seja qual for o resultado hoje, o estrago já está feito.
A performance dos garotos ontem, vencendo as três primeiras baterias do dia com performances arrasadoras, não será esquecida tão cêdo.
Agora, se os meninos passarem suas baterias hoje, não vai dar pra contar o que vai ter de jornalista americano e australiano reclamando da qualidade das ondas, do tamanho, do vento, dos biquinis na praia, etc.
Quero ver quem vai ter coragem de reconhecer que os brasileiros estão surfando muito bem, e melhor do que muito top do circuito mundial.
As baterias começam ao meio-dia, horário de Brasília, e você pode assistir ao vivo aqui.
Vamos torcer.
Primeira bateria do dia: Gabriel Medina contra Jordy Smith.
Na seqüência, Miguel Pupo contra Bede Durbridge e Jadson André contra Nic Muscroft.
O que dizer?
Seja qual for o resultado hoje, o estrago já está feito.
A performance dos garotos ontem, vencendo as três primeiras baterias do dia com performances arrasadoras, não será esquecida tão cêdo.
Agora, se os meninos passarem suas baterias hoje, não vai dar pra contar o que vai ter de jornalista americano e australiano reclamando da qualidade das ondas, do tamanho, do vento, dos biquinis na praia, etc.
Quero ver quem vai ter coragem de reconhecer que os brasileiros estão surfando muito bem, e melhor do que muito top do circuito mundial.
As baterias começam ao meio-dia, horário de Brasília, e você pode assistir ao vivo aqui.
Vamos torcer.
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sábado, 17 de julho de 2010
Billabong Pro JBay 2010 - Bagunça geral no coreto
Terminou mais um dia de competições em Jeffreys e o ranking do circuito mundial vai dar uma boa mudada.
E tem mudança também na cobertura da mídia internacional.
Não é que o Surfline colocou uma página com a cobertura em português!?!??
Nunca vi nada parecido.
Isso mostra que os internautas brasileiros estão marcando presença, ocupando espaço e merecendo uma atenção especial da mídia e das marcas.
Bom para os surfistas brasileiros.
É a partir daí que os juízes começam a dar aquela "ajuda".
Mas voltando ao surf, o terceiro round terminou e só falta a bateria entre Adam Melling e Dusty Payne (dois estreantes no circuito) para terminar o quarto round.
O vencedor enfrentará Damien Hobgood nas quartas-de-final.
Os outros confrontos que definirão os semi-finalistas são:
Adriano de Souza contra Jordy Smith, Bede Durbridge contra Sean Holmes, Taj Burrow contra Dane Reynolds.
Tá bom, ou quer mais?
Hoje o herói sul-africano Sean Holmes teve um dia histórico.
Venceu, no mesmo dia, 12 títulos mundiais e colocou Jadson André numa lista de respeito, ao lado de Kelly Slater e Andy Irons.
Achei isso especialmente recompensador, pra calar a boca do Kelly, que falou demais ao perder a final para o brasileiro, em Imbituba.
O careca vai ter que engolir um 17o em JBay e o Jordy Smith como líder do ranking.
Taj Burrow, Dane Reynolds e Adriano de Souza ainda podem ultrapassá-lo, dependendo dos resultados.
E olha que até jornalista brasileiro tava dizendo que depois de Jeffreys e Teahupoo ninguém mais segurava o Slater, que ele estava se preparando como nunca, que agora o bicho ia pegar...
Se ferrou.
Mick Fanning também perdeu sua bateria, o que só vai tornar as coisas mais interessantes ainda para a próxima etapa.
Vocês já podem assistir às ondas de hoje aqui.
O campeonato deve terminar amanhã de madrugada.
Podem dormir sossegados que a gente assiste e conta tudo pra vocês.
E tem mudança também na cobertura da mídia internacional.
Não é que o Surfline colocou uma página com a cobertura em português!?!??
Nunca vi nada parecido.
Isso mostra que os internautas brasileiros estão marcando presença, ocupando espaço e merecendo uma atenção especial da mídia e das marcas.
Bom para os surfistas brasileiros.
É a partir daí que os juízes começam a dar aquela "ajuda".
Mas voltando ao surf, o terceiro round terminou e só falta a bateria entre Adam Melling e Dusty Payne (dois estreantes no circuito) para terminar o quarto round.
O vencedor enfrentará Damien Hobgood nas quartas-de-final.
Os outros confrontos que definirão os semi-finalistas são:
Adriano de Souza contra Jordy Smith, Bede Durbridge contra Sean Holmes, Taj Burrow contra Dane Reynolds.
Tá bom, ou quer mais?
Hoje o herói sul-africano Sean Holmes teve um dia histórico.
Venceu, no mesmo dia, 12 títulos mundiais e colocou Jadson André numa lista de respeito, ao lado de Kelly Slater e Andy Irons.
Achei isso especialmente recompensador, pra calar a boca do Kelly, que falou demais ao perder a final para o brasileiro, em Imbituba.
O careca vai ter que engolir um 17o em JBay e o Jordy Smith como líder do ranking.
Taj Burrow, Dane Reynolds e Adriano de Souza ainda podem ultrapassá-lo, dependendo dos resultados.
E olha que até jornalista brasileiro tava dizendo que depois de Jeffreys e Teahupoo ninguém mais segurava o Slater, que ele estava se preparando como nunca, que agora o bicho ia pegar...
Se ferrou.
Mick Fanning também perdeu sua bateria, o que só vai tornar as coisas mais interessantes ainda para a próxima etapa.
Vocês já podem assistir às ondas de hoje aqui.
O campeonato deve terminar amanhã de madrugada.
Podem dormir sossegados que a gente assiste e conta tudo pra vocês.
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quarta-feira, 14 de abril de 2010
Rip Curl Pro Bells Beach - Saldo geral
Este post deu um problemão, travou o blog, ficamos quase que o dia inteiro com o blog fora do ar.
Ainda não corrigimos todos os bugs, mas republico aqui o texto para que vocês possam comentar.
Com relação à tramissão, nós, que aqui pegamos no pé dos eventos brasileiros que pecam na transmissão ao vivo, temos que ser ainda mais duros com os gringos, que tem muito mais recursos.
Pra mim, a Rip Curl queimou o filme.
Papelão geral.
Vocês conseguiram assistir?
Nós não.
Quanto ao campeonato, ao invés de complementar os comentários do post anterior, vou direto para os destaques.
1. Kelly Slater vai com tudo para o décimo.
Não tenham dúvidas de que o careca está disposto a resolver a fatura de uma vez por todas.
10o título em 2010.
Arrisco dizer que a Quiksilver já está montando a campanha publicitária com esse tema.
2. A disputa vai embolar como há muito tempo não se via.
O fato é que, diferente dos anos anteriores, no topo do ranking todo mundo evoluiu muito e não há ninguém se sobressaindo.
Além dos suspeitos de sempre (Mick, Joel, Taj, Kelly e Bede), eu destaco a evolução do Jordy Smith e do Bobby Martinez e os coloco também na briga pelo título.
Tá todo mundo voando, aéreo pra todo lado, surfando com pressão, força e modernidade.
A briga vai ser muito boa.
3. Na zona intermediária, em primeiro lugar o Adriano de Souza.
Na minha opinião, nada de título para o brasileiro.
Eu diria que o surf que ele apresentou o coloca entre os top 16, vai ter que brigar muito pra ficar entre os top 10.
É claro que uma vitória no Brasil pode mudar essa situação.
Acredito que as vitórias serão espalhadas, teremos vários vencedores diferentes nas dez etapas do tour.
Todos podem ter até dois tropeços no ano, já que descartarão os dois piores resultados.
O que vai fazer a diferença no final do ano, e decidir o título em última instância, será o número de vitórias e finais.
4. A vez dos goofies.
Ainda na zona intermediária, é a vez dos goofies, os surfistas que surfam com o pé direito na frente da prancha.
Kai Otton e Freddie Patacchia são os surfistas que mais evoluíram do ano passado para cá.
O primeiro teve um tropeço na segunda etapa, mas já mostrou que seu surf está num nível acima do resto do pelotão intermediário.
Pra completar, Jadson André e Adrian Buchan.
Adrian Buchan já vem mostrando um surf de ponta desde o ano passado, ano em que chegou a vencer uma final contra o Slater.
Pra mim, esse jovem australiano tem surf de campeão e acredito que ele ainda vai brigar pelo título, não nesse ano mas num futuro próximo.
Para nossa alegria, o brasileiro Jadson André mostrou a que veio.
Já é o melhor estreante até agora e tenho certeza que será assim até o final de 2010, até porque muitos dos novos talentos terão que voltar para o WQS no meio do ano.
Jadson não teve sorte na sua bateria contra o Bobby Martinez, as ondas não vieram e o americano descolou uma nota 8,17 já de saída, complicando a vida do brazuca.
Mesmo assim, creio que se ele tivesse se deslocado para o pico das esquerdas antes, ele só foi no finalzinho da bateria, o resultado seria diferente.
Esses quatro estarão entre os top 16 e vão beliscar lugares no top 10.
5. A força dos desacreditados.
Outros que se destacaram nestes dois primeiros eventos: Luke Stedman, Tiago Pires e Michel Bourez.
O primeiro realmente, surpreendentemente, renovou seu surf.
Está com mais velocidade, arriscando mais, me impressionou pela mudança, embora o estilo continue deixando a desejar.
O segundo, o Sacca, não mudou nada no seu surf, continua mostrando a qualidade de sempre.
A pena é que os juízes também não mudaram nada, continuam jogando as notas do Tiago Pires lá embaixo.
Mesmo assim, o surfista português vai fazer o WT até o fim do ano e pode bem terminar entre os top 16.
O terceiro vai dar trabalho.
Michel Bourez é jovem, tem um surf moderno e com muita força.
Vai deixar os novos talentos, queridinhos da mídia, no chinelo, podem escrever.
5. E os estreantes?
Tanner Gudauskas.
Entre o resto dos estreantes, esse é o cara.
Pode ser que não consiga passar pela peneira do meio do ano, mas o surf que ele mostrou até agora o credencia como um dos mais consistentes da nova geração.
Tem o pacote completo (aéreos, rabetadas, etc) mas não é de circo, é surf, power surf de verdade.
6. Dane Reynolds?
Esse aí precisa de ajuda.
Tem surf de sobra, indiscutível.
Mas não é um atleta profissional.
Mal pode ser considerado um atleta.
Quem viu a entrevista depois da derrota humilhante do californiano diante do Jordy Smith sabe do que eu estou falando.
Vai continuar sendo estrela de filmes, ter as fotos em tudo quanto é revista, será o ídolo da molecada, mas se quiser ganhar alguma coisa no surf profissional vai ter que mudar de atitude.
Surf não é só esporte, é poesia, arte, sonho, imaginação, criatividade, alegria.
OK.
Só que quando falamos do esporte surf, do surf competição, já faz tempo que o buraco é mais embaixo.
Ou o cara leva a sério ou vai fazer outra coisa.
É isso.
Ainda não corrigimos todos os bugs, mas republico aqui o texto para que vocês possam comentar.
Com relação à tramissão, nós, que aqui pegamos no pé dos eventos brasileiros que pecam na transmissão ao vivo, temos que ser ainda mais duros com os gringos, que tem muito mais recursos.
Pra mim, a Rip Curl queimou o filme.
Papelão geral.
Vocês conseguiram assistir?
Nós não.
Quanto ao campeonato, ao invés de complementar os comentários do post anterior, vou direto para os destaques.
1. Kelly Slater vai com tudo para o décimo.
Não tenham dúvidas de que o careca está disposto a resolver a fatura de uma vez por todas.
10o título em 2010.
Arrisco dizer que a Quiksilver já está montando a campanha publicitária com esse tema.
2. A disputa vai embolar como há muito tempo não se via.
O fato é que, diferente dos anos anteriores, no topo do ranking todo mundo evoluiu muito e não há ninguém se sobressaindo.
Além dos suspeitos de sempre (Mick, Joel, Taj, Kelly e Bede), eu destaco a evolução do Jordy Smith e do Bobby Martinez e os coloco também na briga pelo título.
Tá todo mundo voando, aéreo pra todo lado, surfando com pressão, força e modernidade.
A briga vai ser muito boa.
3. Na zona intermediária, em primeiro lugar o Adriano de Souza.
Na minha opinião, nada de título para o brasileiro.
Eu diria que o surf que ele apresentou o coloca entre os top 16, vai ter que brigar muito pra ficar entre os top 10.
É claro que uma vitória no Brasil pode mudar essa situação.
Acredito que as vitórias serão espalhadas, teremos vários vencedores diferentes nas dez etapas do tour.
Todos podem ter até dois tropeços no ano, já que descartarão os dois piores resultados.
O que vai fazer a diferença no final do ano, e decidir o título em última instância, será o número de vitórias e finais.
4. A vez dos goofies.
Ainda na zona intermediária, é a vez dos goofies, os surfistas que surfam com o pé direito na frente da prancha.
Kai Otton e Freddie Patacchia são os surfistas que mais evoluíram do ano passado para cá.
O primeiro teve um tropeço na segunda etapa, mas já mostrou que seu surf está num nível acima do resto do pelotão intermediário.
Pra completar, Jadson André e Adrian Buchan.
Adrian Buchan já vem mostrando um surf de ponta desde o ano passado, ano em que chegou a vencer uma final contra o Slater.
Pra mim, esse jovem australiano tem surf de campeão e acredito que ele ainda vai brigar pelo título, não nesse ano mas num futuro próximo.
Para nossa alegria, o brasileiro Jadson André mostrou a que veio.
Já é o melhor estreante até agora e tenho certeza que será assim até o final de 2010, até porque muitos dos novos talentos terão que voltar para o WQS no meio do ano.
Jadson não teve sorte na sua bateria contra o Bobby Martinez, as ondas não vieram e o americano descolou uma nota 8,17 já de saída, complicando a vida do brazuca.
Mesmo assim, creio que se ele tivesse se deslocado para o pico das esquerdas antes, ele só foi no finalzinho da bateria, o resultado seria diferente.
Esses quatro estarão entre os top 16 e vão beliscar lugares no top 10.
5. A força dos desacreditados.
Outros que se destacaram nestes dois primeiros eventos: Luke Stedman, Tiago Pires e Michel Bourez.
O primeiro realmente, surpreendentemente, renovou seu surf.
Está com mais velocidade, arriscando mais, me impressionou pela mudança, embora o estilo continue deixando a desejar.
O segundo, o Sacca, não mudou nada no seu surf, continua mostrando a qualidade de sempre.
A pena é que os juízes também não mudaram nada, continuam jogando as notas do Tiago Pires lá embaixo.
Mesmo assim, o surfista português vai fazer o WT até o fim do ano e pode bem terminar entre os top 16.
O terceiro vai dar trabalho.
Michel Bourez é jovem, tem um surf moderno e com muita força.
Vai deixar os novos talentos, queridinhos da mídia, no chinelo, podem escrever.
5. E os estreantes?
Tanner Gudauskas.
Entre o resto dos estreantes, esse é o cara.
Pode ser que não consiga passar pela peneira do meio do ano, mas o surf que ele mostrou até agora o credencia como um dos mais consistentes da nova geração.
Tem o pacote completo (aéreos, rabetadas, etc) mas não é de circo, é surf, power surf de verdade.
6. Dane Reynolds?
Esse aí precisa de ajuda.
Tem surf de sobra, indiscutível.
Mas não é um atleta profissional.
Mal pode ser considerado um atleta.
Quem viu a entrevista depois da derrota humilhante do californiano diante do Jordy Smith sabe do que eu estou falando.
Vai continuar sendo estrela de filmes, ter as fotos em tudo quanto é revista, será o ídolo da molecada, mas se quiser ganhar alguma coisa no surf profissional vai ter que mudar de atitude.
Surf não é só esporte, é poesia, arte, sonho, imaginação, criatividade, alegria.
OK.
Só que quando falamos do esporte surf, do surf competição, já faz tempo que o buraco é mais embaixo.
Ou o cara leva a sério ou vai fazer outra coisa.
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quinta-feira, 8 de abril de 2010
Rip Curl Pro Bells Beach - Comentários
Ontem as ondas estavam pequenas na região de Bells Beach e o Rip Curl Pro, 2a etapa do circuito mundial, foi adiado.
Bom momento pra assistir novamente aos vídeos das baterias, analisar os resultados, comentar e fazer algumas previsões.
Começando pelos finalmentes:
Duas baterias das quartas-de-final já estão decididas, Adriano de Souza X Taj Burrow e Jordy Smith X Mick Fanning.
Cá entre nós, o cara pode até não gostar de competição de surf mas qualquer mané percebe o potencial que baterias como essas apresentam.
Se tiver onda, show de surf garantido.
Adriano de Souza tem surfado muito bem no Rip Curl Pro, consistente, rápido e eficiente, mas suas melhores notas tem ficado na casa dos oito pontos e sua melhor somatória, alcançada no 3o round, foi 16,67.
Concordo com o Ian Cairns que comentou, no início do ano, que as manobras do Mineiro tendem a terminar com a prancha na horizontal.
O ataque ao lip é vertical mas, quando a manobra termina, a prancha está "flat".
Pra piorar, suas manobras que terminam com a prancha invertida e deslizando não estão sendo bem pontuadas.
Coloco os vídeos com as baterias do 3o e 4o round para vocês comentarem.
Já o australiano, atual líder do circuito, já fez duas somatórias acima dos 17 pontos e, como o Petrus já comentou e vocês poderão comprovar, seu trabalho está sendo facilitado pelos juízes.
Reparem na nota 9,00 que ele conseguiu na bateria do round 4 contra o Andy Irons ou na nota 9,37 na bateria do 3o round.
Para vencer, Mineiro terá que pegar as melhores ondas e fazer algo realmente exepcional.
Quanto à segunda bateria das quartas, eu não me arrisco a fazer previsões.
Para mim, são os dois mais fortes candidatos ao título mundial, Mick Fanning e Jordy Smith.
O que o atual campeão mundial, Fanning, apresentou na bateria contra o Gabriel Medina não é pra qualquer um.
Juntou estilo, manobras modernas, risco, precisão, conhecimento da onda, não faltou nada.
Assitam e digam-me se estou errado.
O sul-africano não deixa por menos.
Vem embalado com o segundo lugar na primeira etapa e ontem conseguiu uma nota 9,80 numa ondinha mixuruca (a onda, não a performance) o que, já sabemos, é o segredo pra se dar bem no WT.
Tirar notas altas nas melhores ondas é bem mais fácil, praticamente todos os 45 competidores são capazes disso.
O difícil é conseguir um score destes numa onda mediana.
Vejam o vídeo da bateria (contra o Roy Powers no 4o round) e comprovem: o cara está fazendo tudo certinho.
Este post está ficando muito comprido e ainda tem muita coisa pra falar, vou terminar com uma rápida análise da performance do Jadson André e deixo para os próximos posts os comentários sobre a perfomance dos iniciantes, Owen Right e Dusty Payne (não percam, no Surfline, a sequência de fotos da manobra que rendeu 9,17 ao Dusty na bateria contra o Kelly Slater), sobre o surf impressionante que o jovem Tanner Gudauskas está mostrando, sobre a vitória do Parko sobre o Neco Padaratz e sobre os outros favoritos, Bede Durbridge e Kelly Slater.
Vamos ao Jadson.
No vídeo abaixo vocês podem assistir à vitória do potiguar contra o Taylor Knox.
Ninguém discute que o rapaz está surfando muito, que as batidas são mais do que verticais, que ele está jogando muita água pra cima, surfando com estilo e inteligência.
Só que ele precisa parar de dar essa "matada de barata" antes das batidas de backside.
Eu já tinha reparado nisso na Gold Coast e em Bells, até os narradores da transmissão comentaram.
A cavada também é uma manobra e contra o Bobby Martinez, um dos reis do estilo, isso pode fazer a diferença.
Segue o vídeo.
Bom momento pra assistir novamente aos vídeos das baterias, analisar os resultados, comentar e fazer algumas previsões.
Começando pelos finalmentes:
Duas baterias das quartas-de-final já estão decididas, Adriano de Souza X Taj Burrow e Jordy Smith X Mick Fanning.
Cá entre nós, o cara pode até não gostar de competição de surf mas qualquer mané percebe o potencial que baterias como essas apresentam.
Se tiver onda, show de surf garantido.
Adriano de Souza tem surfado muito bem no Rip Curl Pro, consistente, rápido e eficiente, mas suas melhores notas tem ficado na casa dos oito pontos e sua melhor somatória, alcançada no 3o round, foi 16,67.
Concordo com o Ian Cairns que comentou, no início do ano, que as manobras do Mineiro tendem a terminar com a prancha na horizontal.
O ataque ao lip é vertical mas, quando a manobra termina, a prancha está "flat".
Pra piorar, suas manobras que terminam com a prancha invertida e deslizando não estão sendo bem pontuadas.
Coloco os vídeos com as baterias do 3o e 4o round para vocês comentarem.
Já o australiano, atual líder do circuito, já fez duas somatórias acima dos 17 pontos e, como o Petrus já comentou e vocês poderão comprovar, seu trabalho está sendo facilitado pelos juízes.
Reparem na nota 9,00 que ele conseguiu na bateria do round 4 contra o Andy Irons ou na nota 9,37 na bateria do 3o round.
Para vencer, Mineiro terá que pegar as melhores ondas e fazer algo realmente exepcional.
Quanto à segunda bateria das quartas, eu não me arrisco a fazer previsões.
Para mim, são os dois mais fortes candidatos ao título mundial, Mick Fanning e Jordy Smith.
O que o atual campeão mundial, Fanning, apresentou na bateria contra o Gabriel Medina não é pra qualquer um.
Juntou estilo, manobras modernas, risco, precisão, conhecimento da onda, não faltou nada.
Assitam e digam-me se estou errado.
O sul-africano não deixa por menos.
Vem embalado com o segundo lugar na primeira etapa e ontem conseguiu uma nota 9,80 numa ondinha mixuruca (a onda, não a performance) o que, já sabemos, é o segredo pra se dar bem no WT.
Tirar notas altas nas melhores ondas é bem mais fácil, praticamente todos os 45 competidores são capazes disso.
O difícil é conseguir um score destes numa onda mediana.
Vejam o vídeo da bateria (contra o Roy Powers no 4o round) e comprovem: o cara está fazendo tudo certinho.
Este post está ficando muito comprido e ainda tem muita coisa pra falar, vou terminar com uma rápida análise da performance do Jadson André e deixo para os próximos posts os comentários sobre a perfomance dos iniciantes, Owen Right e Dusty Payne (não percam, no Surfline, a sequência de fotos da manobra que rendeu 9,17 ao Dusty na bateria contra o Kelly Slater), sobre o surf impressionante que o jovem Tanner Gudauskas está mostrando, sobre a vitória do Parko sobre o Neco Padaratz e sobre os outros favoritos, Bede Durbridge e Kelly Slater.
Vamos ao Jadson.
No vídeo abaixo vocês podem assistir à vitória do potiguar contra o Taylor Knox.
Ninguém discute que o rapaz está surfando muito, que as batidas são mais do que verticais, que ele está jogando muita água pra cima, surfando com estilo e inteligência.
Só que ele precisa parar de dar essa "matada de barata" antes das batidas de backside.
Eu já tinha reparado nisso na Gold Coast e em Bells, até os narradores da transmissão comentaram.
A cavada também é uma manobra e contra o Bobby Martinez, um dos reis do estilo, isso pode fazer a diferença.
Segue o vídeo.
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segunda-feira, 5 de abril de 2010
Mais um brasileiro avança
Agora foi o Neco Padaratz que despachou o Damien Hobgood.
Importantíssimo para sua posição no ranking.
Vai enfrentar Bobby Martinez na próxima fase, surfista californiano que fez uma das melhores médias do 2o round, conseguindo somar 15 pontos nas suas duas melhores ondas.
Marco Polo entra na água daqui a pouco, e pega uma pedreira.
Vai ter que passar por um dos fortes candidatos ao título mundial de 2010, Jordy Smith.
Vou ficar muito feliz se ele conseguir essa façanha.
Jadson André enfrentará Luke Munro às 02:30h no Brasil.
Os dois brasileiros precisam do resultado, já que não tiveram bons resultados na primeira etapa do circuito.
Vamos torcer.
Importantíssimo para sua posição no ranking.
Vai enfrentar Bobby Martinez na próxima fase, surfista californiano que fez uma das melhores médias do 2o round, conseguindo somar 15 pontos nas suas duas melhores ondas.
Marco Polo entra na água daqui a pouco, e pega uma pedreira.
Vai ter que passar por um dos fortes candidatos ao título mundial de 2010, Jordy Smith.
Vou ficar muito feliz se ele conseguir essa façanha.
Jadson André enfrentará Luke Munro às 02:30h no Brasil.
Os dois brasileiros precisam do resultado, já que não tiveram bons resultados na primeira etapa do circuito.
Vamos torcer.
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quarta-feira, 31 de março de 2010
Guigi é TOP 5
Enquanto o segundo evento do WT não recomeça em Bells Beach, Austrália, por falta de ondas, aproveito o fim de mais uma etapa importante do WQS para fazer uma primeira análise do sistema de ranking unificado.
Quem não tiver paciência para os números, pode ir direto para o final e curtir as boas imagens das finais na Tasmânia.
O ubatubense Wiggolly Dantas foi o vice-campeão do primeiro evento da série O´Neill Cold Water Classic e assumiu o 5o lugar no ranking, com pouco mais de 7500 pontos.
Tem que aproveitar o momento, porque vai durar pouco.
Estou começando a achar que esse ranking unificado, ao invés de facilitar a renovação, vai é consolidar cada vez mais o lugar dos mesmos surfistas de sempre no circuito.
Explico:
A diferença entre a pontuação dos eventos do WQS e do WT é muito grande.
Quem quiser relembrar como são as regras, pode rever a explicação do Diego Alpendre.
Pra resumir, ao final da 5a etapa do WT, Teahupoo, os 12 últimos colocados do ranking principal voltam para o WQS e é o circuito unificado que vai decidir quem vai para o WT no ano que vem.
Em 2011, ficam os 22 primeiros do ranking principal e os dez primeiros do WQS.
Só que quem correu essas cinco primeiras etapas do WT já entra com uma vantagem enorme.
Se o cara terminar em 17o nos primeiros cinco campeonatos do ano (ou seja, ganhar uma bateria por evento) já garante 8500 pontos no ranking unificado.
Se esse mesmo surfista chegar nas quartas-de-final, em pelo menos uma das etapas, já somará 12250 pontos, quase o equivalente a duas vitórias em eventos seis estrelas Prime.
Ficará na frente de alguém que tenha vencido quatro campeonatos seis estrelas, por exemplo.
Já adianto, vencer quatro etapas seis estrelas é praticamente impossível.
Vencer um seis estrelas Prime, então...
Para vocês terem uma idéia do tamanho do desafio para a molecada brasileira, só existem nove eventos seis estrelas Prime no ano, dois já aconteceram e foram vencidos por surfistas mais do que manjados, C.J. Hobgood e o ex-WCT Josh Kerr.
Outros dois são parte da Tríplice Coroa Havaiana, Haleiwa e Sunset.
Em disputa mesmo, sobraram apenas cinco e três destes são na Califórnia, campeonatos super prestigiados, que sempre contam com maciça partipação dos melhores surfistas do mundo.
Não vai ser moleza.
De todo modo, como o importante é competir, até agora tem sido bacana acompanhar a participação dos brasileiros e sul-americanos nos eventos do WQS mesmo.
Vamos ver como a coisa evolui.
Quanto ao O´Neill Cold Water Classic, além do vídeo das finais, destaco a bateria entre Jordy Smith e Marco Giorgi.
Além de assistir à vitória do valente uruguaio, que terminou o campeonato em terceiro, vocês vão ver uma cena incrível, inédita talvez, do Jordy quebrando a prancha.
Não que o Jordy não quebre prancha.
Tem quebrado até com relativa frequência.
Nesse ano é a segunda vez que eu vejo ele quebrar prancha em bateria.
O patrocinador que fornece prancha pra ele deve até estar ficando preocupado com sua imagem.
Mas deste jeito, eu nunca tinha visto.
As imagens vocês vão encontrar no site do campeonato (no Heats on Demand, a primeira bateria do round de 16) ou no canal da ASP no Youtube.
Quem não tiver paciência para os números, pode ir direto para o final e curtir as boas imagens das finais na Tasmânia.
O ubatubense Wiggolly Dantas foi o vice-campeão do primeiro evento da série O´Neill Cold Water Classic e assumiu o 5o lugar no ranking, com pouco mais de 7500 pontos.
Tem que aproveitar o momento, porque vai durar pouco.
Estou começando a achar que esse ranking unificado, ao invés de facilitar a renovação, vai é consolidar cada vez mais o lugar dos mesmos surfistas de sempre no circuito.
Explico:
A diferença entre a pontuação dos eventos do WQS e do WT é muito grande.
Quem quiser relembrar como são as regras, pode rever a explicação do Diego Alpendre.
Pra resumir, ao final da 5a etapa do WT, Teahupoo, os 12 últimos colocados do ranking principal voltam para o WQS e é o circuito unificado que vai decidir quem vai para o WT no ano que vem.
Em 2011, ficam os 22 primeiros do ranking principal e os dez primeiros do WQS.
Só que quem correu essas cinco primeiras etapas do WT já entra com uma vantagem enorme.
Se o cara terminar em 17o nos primeiros cinco campeonatos do ano (ou seja, ganhar uma bateria por evento) já garante 8500 pontos no ranking unificado.
Se esse mesmo surfista chegar nas quartas-de-final, em pelo menos uma das etapas, já somará 12250 pontos, quase o equivalente a duas vitórias em eventos seis estrelas Prime.
Ficará na frente de alguém que tenha vencido quatro campeonatos seis estrelas, por exemplo.
Já adianto, vencer quatro etapas seis estrelas é praticamente impossível.
Vencer um seis estrelas Prime, então...
Para vocês terem uma idéia do tamanho do desafio para a molecada brasileira, só existem nove eventos seis estrelas Prime no ano, dois já aconteceram e foram vencidos por surfistas mais do que manjados, C.J. Hobgood e o ex-WCT Josh Kerr.
Outros dois são parte da Tríplice Coroa Havaiana, Haleiwa e Sunset.
Em disputa mesmo, sobraram apenas cinco e três destes são na Califórnia, campeonatos super prestigiados, que sempre contam com maciça partipação dos melhores surfistas do mundo.
Não vai ser moleza.
De todo modo, como o importante é competir, até agora tem sido bacana acompanhar a participação dos brasileiros e sul-americanos nos eventos do WQS mesmo.
Vamos ver como a coisa evolui.
Quanto ao O´Neill Cold Water Classic, além do vídeo das finais, destaco a bateria entre Jordy Smith e Marco Giorgi.
Além de assistir à vitória do valente uruguaio, que terminou o campeonato em terceiro, vocês vão ver uma cena incrível, inédita talvez, do Jordy quebrando a prancha.
Não que o Jordy não quebre prancha.
Tem quebrado até com relativa frequência.
Nesse ano é a segunda vez que eu vejo ele quebrar prancha em bateria.
O patrocinador que fornece prancha pra ele deve até estar ficando preocupado com sua imagem.
Mas deste jeito, eu nunca tinha visto.
As imagens vocês vão encontrar no site do campeonato (no Heats on Demand, a primeira bateria do round de 16) ou no canal da ASP no Youtube.
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sexta-feira, 5 de março de 2010
Quiksilver Pro - Taj no topo do mundo
Taj Burrow venceu o Quiksilver Pro, um uma final com poucas ondas de qualidade, contra o Jordy Smith.
O último dia foi meio anticlimático, depois do show do Dane Reynolds nas quartas-de-final.
De todo jeito, o saldo do campeonato é muito positivo.
Como eu já disse e repeti algumas vezes, quando tem onda, o WCT é show de surf.
Dêem uma olhada nos melhores momentos das quartas-de-final e digam se estou exagerando.
No final do dia escrevo a análise completa desta primeira etapa.
Pra já ir preparando a discussão, leiam este texto (em inglês) do Phil Macdonald sobre a demissão do Perry Hatchet e os juízes na ASP.
Não deixem de assistir aos vídeos no site oficial do Quiksilver Pro.
O último dia foi meio anticlimático, depois do show do Dane Reynolds nas quartas-de-final.
De todo jeito, o saldo do campeonato é muito positivo.
Como eu já disse e repeti algumas vezes, quando tem onda, o WCT é show de surf.
Dêem uma olhada nos melhores momentos das quartas-de-final e digam se estou exagerando.
No final do dia escrevo a análise completa desta primeira etapa.
Pra já ir preparando a discussão, leiam este texto (em inglês) do Phil Macdonald sobre a demissão do Perry Hatchet e os juízes na ASP.
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quarta-feira, 3 de março de 2010
Quiksilver Pro - Essa previsão eu não errei
Acabou a última bateria do 4o round.
Acertei a previsão.
Kelly ganhou.
Só que parece que os juízes não estão querendo que eu melhore minha média de acertos.
Kelly ganhou mas não levou.
Os juízes jogaram as notas do nove vezes campeão mundial lá embaixo e deram uma nota 8,33 para o Jordy Smith numa onda que mal valia um sete e meio.
Daqui a pouco a bateria estará disponível no site do campeonato e vocês poderão conferir a sacanagem que fizeram com melhor surfista do mundo.
Acertei a previsão.
Kelly ganhou.
Só que parece que os juízes não estão querendo que eu melhore minha média de acertos.
Kelly ganhou mas não levou.
Os juízes jogaram as notas do nove vezes campeão mundial lá embaixo e deram uma nota 8,33 para o Jordy Smith numa onda que mal valia um sete e meio.
Daqui a pouco a bateria estará disponível no site do campeonato e vocês poderão conferir a sacanagem que fizeram com melhor surfista do mundo.
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Quiksilver Pro, 3o round - 2a parte. Nenhuma grande surpresa.
Terminado o 3o round do Quiksilver Pro, finalizo a análise das baterias restantes e ainda arrisco um prognóstico do que vem por aí.
Terminei os relatos do post anterior na 9a bateria.
Daí pra frente, a única coisa que pode ser considerada inesperada foi a vitória do Daniel Ross sobre o CJ Hobgood.
O grandalhão australiano ganhou na escolha de ondas, pegou alguns tubos e acertou duas boas manobras no outside logo no início da bateria.
CJ aliviou na melhor onda que pegou.
Se tivesse arriscado mais nas duas primeiras seções certamente venceria a bateria.
No duelo entre os havaianos, Freddy Patacchia e Kekoa Bakalso, o surf mais fluido do primeiro fez a diferença.
Jeremy Flores perdeu para Dane Reynolds numa bateria muito apertada.
Não dá nem pra dizer que o Dane foi ajudado embora, numa hora dessas, meio ponto a mais de subjetividade façam toda a diferença.
Jeremy errou quando não podia e deixou para os juízes decidirem: se deu mal.
Pra completar, ainda machucou o tornozelo, novamente.
Esperamos que não tenha sido nada grave.
Bede Durbridge e Kelly venceram sem dificuldades.
Bede pegou as melhores ondas do dia, quase fez 20 pontos na soma das duas ondas.
Já o Kelly surfou para o gasto.
As ondas tinham piorado, com muita correnteza e muito vento e mesmo assim ele somou quinze pontos nas duas melhores ondas, a 5a melhor somatória do dia.
E podia ter sido mais.
O vídeo da bateria não mostra mas, na sua primeira onda, ele pegou um tubo muito longo em uma onda da série. Caiu no finalzinho e, como ele mesmo disse ao sair da água, sua nota foi de dez para dois.
A última bateria do dia foi a mais emocionante.
Contra Jordy Smith, no finalzinho da bateria, Tiago Pires precisava de uma nota sete.
Pegou uma das maiores ondas do dia, não foi extremamente radical mas arriscou o que podia.
Pegou um meio tubo, acertou duas manobras arriscadas no espumeiro mas acabou tirando pouco mais que seis e meio.
Mais uma vez, a bateria foi decidida naquele meio ponto de subjetividade.
Vocês podem conferir tudo no site do campeonato.
Pra terminar, seguem minhas previsões para o 4o round, pela ordem:
1a bateria: Brasil zil zil!
Mineiro vence o Ace Buchan.
A escolha de ondas será crucial e ele não poderá errar porque o australiano, como já disse aqui uma vez, além de surfar muito, é um dos melhores competidores do circuito. Parada duríssima.
2a bateria: Zebra
Aposto no Davidson contra o Taj Burrow.
Taj já disse várias vezes, e repetiu ontem após sua bateria contra o Owen Right, que prefere surfar contra grandes surfistas, em que é tudo ou nada e ele tem que mostrar todo o seu surf.
Contra surfistas de menor calibre ele acaba se sentindo muito pressionado, com a obrigação de vencer, e isso atrapalha sua performance.
É uma aposta arriscada mas seria um resultado muito bom para o Mineirinho.
3a bateria: Seis contra um.
Na batalha entre os goofyes Bobby Martinez e Damien Hobgood, vence o Damien.
Bobby Martinez está surfando mais mas os juízes estão gostando mais do surf polido do Damo.
O cara ganhou uma nota oito na bateria contra o Luke Stedman que foi um verdadeiro presente.
Vai ser difícil o Martinez vencer os seis adversários, Damo e os cinco juízes.
4a bateria: Mick Fanning
Kai Otton só tem chance contra o Mick Fanning se a maré estiver cheia.
E ainda assim, pouca chance.
Kai está surfando com velocidade e variando as manobras, bem de acordo com os novos critérios de julgamento.
Vem de uma boa vitória contra um dos "Coolie kids", despachando o Dean Morrison no 3o round, mas um raio não cai duas vezes no mesmo lugar.
Se o mar estiver bom, não tem pro campeão mundial.
5a bateria: Sem surpresas
Patacchia é um dos atletas que tem mostrado mais evolução do ano passado para este.
No segundo round já tinha surfado bem e continuou imprimindo seu ritmo neste 3o round.
Infelizmente, para ele, na próxima fase vai enfrentar o Joel Parkinson e dar adeus ao torneio.
6a bateria: essa é fácil, vai dar Bede Durbridge.
7a bateria: Vence o sortudo.
Nessa bateria eu aposto novamente no azarão.
Dane Reynolds é o queridinho da mídia e com certeza surfa muito melhor que o Kieren Perrow.
Repararem, porém, nas baterias que o australiano surfou até agora.
O cara está com uma sorte danada, sempre pegando as melhores ondas e dando um jeito de pegar os melhores tubos da bateria.
Acho que vai ser pau a pau e vence o Kieren, apeser do abismo que existe entre os surf dos dois.
8a bateria: Alien X Predador
Essa é imperdível, Jordy Smith contra Kelly Slater.
Tomara que as ondas estejam boas.
O fator psicológico vai fazer a diferença.
Vai dar Kelly, porque ele tem uma cabeça melhor. É só o Jordy cometer o primeiro erro e, babau, não recupera mais.
É isso aí.
Coloquem suas apostas nos comentários, vamos ver quem acerta mais.
Abraços,
Chocolate
Terminei os relatos do post anterior na 9a bateria.
Daí pra frente, a única coisa que pode ser considerada inesperada foi a vitória do Daniel Ross sobre o CJ Hobgood.
O grandalhão australiano ganhou na escolha de ondas, pegou alguns tubos e acertou duas boas manobras no outside logo no início da bateria.
CJ aliviou na melhor onda que pegou.
Se tivesse arriscado mais nas duas primeiras seções certamente venceria a bateria.
No duelo entre os havaianos, Freddy Patacchia e Kekoa Bakalso, o surf mais fluido do primeiro fez a diferença.
Jeremy Flores perdeu para Dane Reynolds numa bateria muito apertada.
Não dá nem pra dizer que o Dane foi ajudado embora, numa hora dessas, meio ponto a mais de subjetividade façam toda a diferença.
Jeremy errou quando não podia e deixou para os juízes decidirem: se deu mal.
Pra completar, ainda machucou o tornozelo, novamente.
Esperamos que não tenha sido nada grave.
Bede Durbridge e Kelly venceram sem dificuldades.
Bede pegou as melhores ondas do dia, quase fez 20 pontos na soma das duas ondas.
Já o Kelly surfou para o gasto.
As ondas tinham piorado, com muita correnteza e muito vento e mesmo assim ele somou quinze pontos nas duas melhores ondas, a 5a melhor somatória do dia.
E podia ter sido mais.
O vídeo da bateria não mostra mas, na sua primeira onda, ele pegou um tubo muito longo em uma onda da série. Caiu no finalzinho e, como ele mesmo disse ao sair da água, sua nota foi de dez para dois.
A última bateria do dia foi a mais emocionante.
Contra Jordy Smith, no finalzinho da bateria, Tiago Pires precisava de uma nota sete.
Pegou uma das maiores ondas do dia, não foi extremamente radical mas arriscou o que podia.
Pegou um meio tubo, acertou duas manobras arriscadas no espumeiro mas acabou tirando pouco mais que seis e meio.
Mais uma vez, a bateria foi decidida naquele meio ponto de subjetividade.
Vocês podem conferir tudo no site do campeonato.
Pra terminar, seguem minhas previsões para o 4o round, pela ordem:
1a bateria: Brasil zil zil!
Mineiro vence o Ace Buchan.
A escolha de ondas será crucial e ele não poderá errar porque o australiano, como já disse aqui uma vez, além de surfar muito, é um dos melhores competidores do circuito. Parada duríssima.
2a bateria: Zebra
Aposto no Davidson contra o Taj Burrow.
Taj já disse várias vezes, e repetiu ontem após sua bateria contra o Owen Right, que prefere surfar contra grandes surfistas, em que é tudo ou nada e ele tem que mostrar todo o seu surf.
Contra surfistas de menor calibre ele acaba se sentindo muito pressionado, com a obrigação de vencer, e isso atrapalha sua performance.
É uma aposta arriscada mas seria um resultado muito bom para o Mineirinho.
3a bateria: Seis contra um.
Na batalha entre os goofyes Bobby Martinez e Damien Hobgood, vence o Damien.
Bobby Martinez está surfando mais mas os juízes estão gostando mais do surf polido do Damo.
O cara ganhou uma nota oito na bateria contra o Luke Stedman que foi um verdadeiro presente.
Vai ser difícil o Martinez vencer os seis adversários, Damo e os cinco juízes.
4a bateria: Mick Fanning
Kai Otton só tem chance contra o Mick Fanning se a maré estiver cheia.
E ainda assim, pouca chance.
Kai está surfando com velocidade e variando as manobras, bem de acordo com os novos critérios de julgamento.
Vem de uma boa vitória contra um dos "Coolie kids", despachando o Dean Morrison no 3o round, mas um raio não cai duas vezes no mesmo lugar.
Se o mar estiver bom, não tem pro campeão mundial.
5a bateria: Sem surpresas
Patacchia é um dos atletas que tem mostrado mais evolução do ano passado para este.
No segundo round já tinha surfado bem e continuou imprimindo seu ritmo neste 3o round.
Infelizmente, para ele, na próxima fase vai enfrentar o Joel Parkinson e dar adeus ao torneio.
6a bateria: essa é fácil, vai dar Bede Durbridge.
7a bateria: Vence o sortudo.
Nessa bateria eu aposto novamente no azarão.
Dane Reynolds é o queridinho da mídia e com certeza surfa muito melhor que o Kieren Perrow.
Repararem, porém, nas baterias que o australiano surfou até agora.
O cara está com uma sorte danada, sempre pegando as melhores ondas e dando um jeito de pegar os melhores tubos da bateria.
Acho que vai ser pau a pau e vence o Kieren, apeser do abismo que existe entre os surf dos dois.
8a bateria: Alien X Predador
Essa é imperdível, Jordy Smith contra Kelly Slater.
Tomara que as ondas estejam boas.
O fator psicológico vai fazer a diferença.
Vai dar Kelly, porque ele tem uma cabeça melhor. É só o Jordy cometer o primeiro erro e, babau, não recupera mais.
É isso aí.
Coloquem suas apostas nos comentários, vamos ver quem acerta mais.
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segunda-feira, 1 de março de 2010
Quiksilver Pro 2010 - Brasileiros mais perto da porta de saída
No post anterior, o Petrus fez um bom resumo do primeiro dia do Quiksilver Pro, em Snapper Rocks, Austrália.
Pra completar o show de imagens, separei abaixo dois vídeos com os melhores momentos do primeiro dia, o primeiro é o vídeo oficial e o segundo vem do blog do Fred Patachia.
Ontem, aconteceram oito baterias do segundo round, e já temos os primeiros eliminados do ano.
Está todo mundo com a faca nos dentes nesse início de circuito mundial, versão 2010.
Ou no pescoço.
Lembrem-se que depois da 5a etapa do WCT, os dezesseis surfistas na parte de baixo do ranking voltarão para o WQS e o circuito vai continuar com apenas 32 competidores.
Ou seja: Marco Polo, Neco Padaratz, Tanner Gudauskas, Blake Thornton e Travis Logie, os eliminados de ontem, já deram o primeiro passo rumo ao fim da fila.
Destes, só o Tanner Gudauskas fez realmente uma boa média, acima de 15 pontos, e mostrou que pode se recuperar nas próximas etapas.
Dos brasileiros, Neco Padaratz surfou bem mas não o suficiente para vencer o Damien Hobgood.
Vi até alguns gringos comentando, nos blogs e sites de surf por aí, que as ondas do Neco poderiam ter recebido notas mais altas.
Não achei.
O americano surfou melhor as boas ondas que pegou e mereceu ganhar.
O chato é ver o Neco mais uma vez reclamando, gesticulando pros juízes, fazendo o seu showzinho.
Já virou um personagem caricato, que ninguém mais leva a sério.
Marco Polo, por sua vez, foi escovado pelo Jordy Smith.
O brasileiro deixou Jordy pegar várias ondas boas, mesmo quando a prioridade era sua.
São erros típicos de iniciante mas que podem custar muito caro nesse novo formato de WCT.
Para eles, a primeira chance já foi.
Só restam mais quatro.
Vamos torcer para as ondas estarem grandes em Bells, a próxima etapa.
Talvez os dois possam mostrar mais do que mostraram ontem.
Vocês podem assistir à eliminação dos dois brasileiros aqui.
Pra completar o show de imagens, separei abaixo dois vídeos com os melhores momentos do primeiro dia, o primeiro é o vídeo oficial e o segundo vem do blog do Fred Patachia.
Ontem, aconteceram oito baterias do segundo round, e já temos os primeiros eliminados do ano.
Está todo mundo com a faca nos dentes nesse início de circuito mundial, versão 2010.
Ou no pescoço.
Lembrem-se que depois da 5a etapa do WCT, os dezesseis surfistas na parte de baixo do ranking voltarão para o WQS e o circuito vai continuar com apenas 32 competidores.
Ou seja: Marco Polo, Neco Padaratz, Tanner Gudauskas, Blake Thornton e Travis Logie, os eliminados de ontem, já deram o primeiro passo rumo ao fim da fila.
Destes, só o Tanner Gudauskas fez realmente uma boa média, acima de 15 pontos, e mostrou que pode se recuperar nas próximas etapas.
Dos brasileiros, Neco Padaratz surfou bem mas não o suficiente para vencer o Damien Hobgood.
Vi até alguns gringos comentando, nos blogs e sites de surf por aí, que as ondas do Neco poderiam ter recebido notas mais altas.
Não achei.
O americano surfou melhor as boas ondas que pegou e mereceu ganhar.
O chato é ver o Neco mais uma vez reclamando, gesticulando pros juízes, fazendo o seu showzinho.
Já virou um personagem caricato, que ninguém mais leva a sério.
Marco Polo, por sua vez, foi escovado pelo Jordy Smith.
O brasileiro deixou Jordy pegar várias ondas boas, mesmo quando a prioridade era sua.
São erros típicos de iniciante mas que podem custar muito caro nesse novo formato de WCT.
Para eles, a primeira chance já foi.
Só restam mais quatro.
Vamos torcer para as ondas estarem grandes em Bells, a próxima etapa.
Talvez os dois possam mostrar mais do que mostraram ontem.
Vocês podem assistir à eliminação dos dois brasileiros aqui.
Insurfnews.com - Quiksilver Pro Round One Highlights from Andrew Oliver on Vimeo.
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domingo, 14 de junho de 2009
Ainda WQS Maldivas e o verdadeiro Rodeo Clown
Uma hora da manhã e adiaram mais uma vez o início do último dia de competições no WQS das Maldivas.
Jadson André e Wiggolly Dantas foram os únicos brasileiros a chegar até aqui.
Ontem foi dia dos namorados, não pude acompanhar as baterias porque tive um jantar romântico com minha loira, dez anos de namoro (e sete de casado).
Talvez tenha sido melhor assim.
O Heitor Alves perdeu pro Daniel Ross, que não tem nem metade do talento do cearense e, pra completar, o Miguel Pupo foi escovado pelo Owen Right.
Triste.
Aproveito, enquanto não começam as finais, pra comentar essa manobra acrobática chamada de Rodeo Clown.
Ontem, o americano Pat Gudauskas conseguiu completar um Rodeo Clown, no inside de Pasta Point, recebeu uma nota 10 e venceu sua bateria.
É a primeira vez que completaram essa manobra em um campeonato da ASP.
Quem ainda não viu, dê uma olhada nesse momento histórico
Confesso que não era muito fã deste tipo de inovação.
Agora, cá entre nós, talvez seja o caso de abrir a mente e aceitar que esse será mesmo o futuro do esporte.
Para quem tem dúvidas, vejam neste vídeo do Jordy Smith no Surfline o que é um verdadeiro Rodeo.
Difícil não se impressionar com uma coisa dessas.
Jadson André e Wiggolly Dantas foram os únicos brasileiros a chegar até aqui.
Ontem foi dia dos namorados, não pude acompanhar as baterias porque tive um jantar romântico com minha loira, dez anos de namoro (e sete de casado).
Talvez tenha sido melhor assim.
O Heitor Alves perdeu pro Daniel Ross, que não tem nem metade do talento do cearense e, pra completar, o Miguel Pupo foi escovado pelo Owen Right.
Triste.
Aproveito, enquanto não começam as finais, pra comentar essa manobra acrobática chamada de Rodeo Clown.
Ontem, o americano Pat Gudauskas conseguiu completar um Rodeo Clown, no inside de Pasta Point, recebeu uma nota 10 e venceu sua bateria.
É a primeira vez que completaram essa manobra em um campeonato da ASP.
Quem ainda não viu, dê uma olhada nesse momento histórico
Confesso que não era muito fã deste tipo de inovação.
Agora, cá entre nós, talvez seja o caso de abrir a mente e aceitar que esse será mesmo o futuro do esporte.
Para quem tem dúvidas, vejam neste vídeo do Jordy Smith no Surfline o que é um verdadeiro Rodeo.
Difícil não se impressionar com uma coisa dessas.
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