quarta-feira, 15 de julho de 2009

A fórmula da felicidade (Felicidade = realizações / expectativas)

Encerrado o WCT na Africa do Sul, creio que cabe uma reflexão, uma autocrítica sobre a cobertura, que não fiz, deste evento.
Um evento tão intenso, ondas tão boas, tubos nota 10, neguinho pontuando acima de 17 e ainda assim perdendo a bateria, um evento tão espetacular... e eu aqui assim, tão desanimado.
(by the way, vejam o hilário post do Lewis Samuels sobre essas notas 10 em J´Bay)
Ainda bem que a frieza e a descrença não contaminaram todo mundo no True Surfing (ver post abaixo).
O que será que aconteceu comigo? Terá sido a ressaca da etapa brasileira?
Será que foi a indisposição de ter que engolir calado o Power Ranking no Surfline comentando que nossa transmissão foi "pre-dawn", pré-histórica, anterior ao alvorecer da humanidade.
Não pode ser, tenho que superar isso também.
Vamos lá! Jeffrey´s, bombando!
As baterias estão todas aí, sob demanda, é só escolher!
Pra tentar carregar a pilha, revi todas as baterias do campeonato com scores maiores que quinze. Quase vinte baterias.
Recomendo três em especial, todas do round 2:
Bede Durbridge X Greg Emslie, Slater e a do Sean Holmes X Taj, todas com ondas memoráveis.
Mesmo assim, depois dessa overdosa de direitas perfeitas, continuei sentindo uma pontinha de desânimo.
Aí percebi o que era.
Senti a falta do Mineirinho.
Não pelos pontos que ele perdeu, pela estacionada no ranking, pelo momento desperdiçado(até porque em termos de ranking, ele deu sorte que Mick Fanning e Taj Burrow também perderam suas baterias no 2o round, de certa forma ele ainda está brigando pelo vice).
Foi pelo surf. Pela performance.
Os caras puderam mostrar, nestes últimos dois dias, o melhor do seu surf em ondas de sonho. O que você não faria para estar lá, dois caras no line up, J´Bay perfeito.
O Dream Tour, o verdadeiro, the real thing, acontecendo ao vivo e a cores para todo o planeta.
E eu gostaria de ter visto o Adriano de Souza nessas ondas.
Eu gosto de vê-lo surfar, ele é o nosso herói, afinal de contas.
Queria ver a qualidade e o power que ele é capaz de imprimir em ondas desse naipe.
Só que ele não apareceu.
Lembram-se de Joel Parkinson, saindo enfurecido da água depois de ter perdido a semi-final contra o surfista brasileiro?
"Next, J´Bay", ele disse.
Desafiou nosso herói.
Deu a impressão que realmente teríamos uma disputa.
Sabe aquela coisa: Na próxima oportunidade, em um campeonato com ondas de verdade, vocês vão ver quem é melhor.
A oportunidade apareceu.
Só que o Mineirinho não estava lá.
Nem apareceu para a briga.
Ô desânimo...

2 comentários:

  1. Para quem pegava onda nos anos 80 vale dar uma olhada numa bateria que eles fizeram entre Occy e Tom Curren. Eles já disputaram 16 baterias, com 8 vitórias para cada lado. Animal! (está nos highlights part 3)

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  2. pena que a primeira das duas baterias, as antas conseguiram botar na pior maré e no pior momento de ondas do dia....um desrespeito...em minah modesta opininão

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