Acabou a Copa do Mundo, Espanha campeã, agora é voltar com força total.
Estive afastado do blog nas últimas semanas mas sou grato ao Petrus, que segurou muito bem a onda, com as postagens e vídeos fantásticos que vocês podem encontrar abaixo.
Estou me mudando para a Austrália, com mulher e filho, então vocês podem imaginar a correria.
Em breve os meus posts virão diretamente do mundo magico de Oz.
Mas vamos ao que interessa.
Jeffreys Bay.
Viva!
Essa parada no circuito foi dureza.
Só que a calmaria vai passar logo logo, dia 15 a brincadeira começa pra valer, e agora não tem choro nem vela.
Mais dois eventos e um terço dos surfistas do WT será rebaixado, estará fora do circuito principal.
Para os brasileiros não há muito mistério.
Jadson e Mineirinho já estão dentro e Marco Polo e Neco Padaratz já estão fora.
Se acontecer alguma coisa diferente disso será, sem dúvida, a maior zebra de toda a história do surf competição.
O Neco, que tem mais chances, eu até acho que merece.
Na minha opinião, o veterano foi injustiçado em pelo menos duas baterias neste ano.
Pra conseguir a vaga ele vai ter que fazer milagre e surpreender os juízes (e toda a comunidade surfística internacional), que definitivamente não estão gostando do surf do brasileiro.
Já o Marco Polo, que já virou motivo de piada, como já mostramos aqui, terá mais uma chance para, pelo menos, vencer uma bateria.
Estarei torcendo por ele.
Com a saída do Parko (veja a reportagem sobre o acidente do australiano no vídeo abaixo) os confrontos da primeira fase mudaram.
Coloco minha reputação na reta e ofereço meus prognósticos e apostas para as principais baterias:
Heat 1: Taylor Knox (USA), Luke Munro (AUS), Adam Melling (AUS)
Bateria totalmente aberta. O favorito, evidentemente, é o Taylo Knox, mas todos tem um surf bem parecido e eu não ficarei surpreso se um dos australianos passar.
Campeonato na África, aposto na zebra, com vitória do Adam Melling.
Heat 2: Jadson Andre (BRA), Andy Irons (HAW), Jay Thompson (AUS)
Esta é torcida pura e reza brava.
Só assim pra dar Jadson André.
Vencer o Andy Irons numa bateria em Jeffreys é coisa pra entrar no currículo, independente da forma física, mental ou surfística por que passa o havaiano.
Pra piorar, Jay Thompson tem um estilo que se encaixa bem nas famosas direitas africanas e até agora não venceu nada, ou seja, vem com fome e precisando do resultado.
Parada duríssima.
Heat 3: Bede Durbidge (AUS), Luke Stedman (AUS), Nate Yeomans (USA)
Pra mim, Bede Durbridge é favorito em qualquer bateria que entre.
Contra Dane Reynolds, contra Kelly, contra quem for.
Dificilmente erra, dá pancada, rasgada, tem estilo, surfa qualquer tamanho, o cara é um animal.
Heat 4: Dane Reynolds (USA), Daniel Ross (AUS), Marco Polo (BRA)
Olha que bateria boa pro Marco Polo vencer.
Despachar o Dane Reynolds em Jeffreys seria o auge da carreira do jovem catarinense.
Torcer não custa nada.
Mas, mesmo que o californiano, queridinho da mídia se afunde na bateria, ainda tem o Daniel Ross que é outro que tem um surf perfeito para longas direitas com fundo de pedra. Se estiver grande então...
Pensando bem, talvez seja melhor nem gastar muita torcida e direcionar o foco pra bateria do Jadson que pelo menos tem alguma chance.
Heat 5: Bobby Martinez (USA), Jeremy Flores (FRA), Blake Thornton (AUS)
Barbada: Bobby Martinez.
Heat 6: Adriano de Souza (BRA), Tiago Pires (PRT), Tim Reyes (USA)
Essa é outra bateria totalmente aberta. Todo mundo aí surfa igual.
O Mineiro deve apostar na radicalidade, tentar aplicar manobras mais modernas, porque se for depender só de rasgadas a coisa fica mais pro português (que tem mais garra) e pro Tim Reyes (que não tem nada a perder).
Heat 7: Jordy Smith (ZAF), Tom Whitaker (USA), Joan Duru (FRA)
Meio óbvio também. Jordy vindo de vitória, surfando em casa, vice-líder do ranking do WT e líder do ranking unificado, só perde se ficar nervoso e fizer muita besteira.
Heat 8: Kelly Slater (USA), Damien Hobgood (USA) + um convidado.
Bateria bem difícil. Bem difícil de errar o palpite, Kelly na cabeça.
(Só o Sean Holmes, finalista em anos anteriores pode mudar essa aposta. Não sabemos em qual das baterias ele vai cair, mas o sul-africano certamente vai tornar mais difícil a vida de um dos líderes do ranking).
Vale a mesma análise para as baterias do Taj Burrow e do Mick Fanning.
Heat 11: C.J. Hobgood (USA), Kekoa Bacalso (HAW), Neco Padaratz (BRA)
Olha o Neco com chance aí, gente.
Como eu disse, vai ter que fazer milagre, mas o cara teve a sorte de cair numa bateria difícil mas não impossível.
C.J. é um dos meus surfistas prediletos.
Sem muita frescura, o surf de back-side dele, pra mim, é melhor do que o do Bobby Martinez (que todo mundo diz que é o melhor do circuito atualmente).
Quem não se lembra das cenas dos irmãos Hobgood no free-surf em Barra de La Cruz?
Vou tentar recuperar essas imagens pra vocês conferirem.
Este ano, em especial, ele está realmente se destacando.
Mas ainda assim, em Jeffreys, o Neco ainda tem chance.
Do que importa mesmo, é isso.
Podem ter certeza que estaremos acompanhando tudo aqui no True Surfing, vamos ver se eu voltei afiado nos meus palpites.
THE TOECUTTER from Joel Parkinson on Vimeo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário