Esse post é só para relembrá-los de quão privilegiados nós somos.
Estamos constantemente realizando nossos sonhos.
E o de outras pessoas também.
Segue um texto da Joyce Paskowitch, postado no Eu, Joyce.
" 13/10
terça-feira
Sobre as ondas
Dia de programa ao vivo é uma correria por aqui. E uma ansiedade total, principalmente depois que acaba. Essa luzinha vermelha de “no ar!” deixa a gente transtornada. Eu, pessoalmente, adoro. Assim como adoro uma coisa que fiz ontem, segunda-feira, à noite: estava zapeando e vi no canal 38 ou 39 um campeonato de surf daqueles que eu adoro. Já falei várias vezes aqui: não gosto de disputas esportivas, mas amo acompanhar campeonatos de surf na TV. Principalmente porque não tenho idéia quem está vencendo ou perdendo – apenas sou louca por surf. Posso passar horas olhando aquelas ondas enormes, que me deixam com muito medo. Mas estando do lado de cá do aparelho de TV, confortavelmente recostada na minha cama… adoro, adoro, adoro. Nesta segunda foi uma dessas noites. Estava de bobeira e, quando me dei conta, caí direto num supercampeonato. Vi ondas enormes na Califórnia, batizadas de Mavericks. Depois vi dois brasileiros mandando muito bem no Havaí – um Resende e um Gueiros. Até se saíram campeões, entre tantos feras locais. Mas o que é pegar aquelas ondas de mais de nove metros, com ajuda de um jet ski, entrar no tubo e sair planando como… sei lá o quê? Que sensação deve ser aquela. De ser praticamente engolido por uma espuma, uma força daquelas? Eu chego a me encolher de tanta aflição por esses surfistas destemidos, que tiram um prazer louco dessas manobras mais que radicais. Não sei porque, mas adoro esse estilo de vida deles, esse compromisso com o mar, o sol, as ondas, com os amigos surfistas. Eles amam surfar. Se vencem ou não campeonatos, é outra coisa. Claro, isso envolve prêmios em dinheiro, quem não gosta? Mas acima de tudo eles amam o mar, as ondas, essa sensação de liberdade que, acredito, só mesmo o surf dá. Eu, aqui do meu lado, ainda não desisti: sei que no Rio, na Barra, tem cursos para qualquer pessoa de qualquer idade. Sei que aqui em São Paulo também tem, em Pinheiros, numa piscina, e depois no mar, no Litoral Sul. Mesmo que não seja já, sei que não vou escapar de meu destino: uma surfista sem jeito, sem prática, cabelos bagunçados – mas feliz. "
Obrigado, Kika, pela dica.
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